Marcelo diz ser “muito urgente” partilhar a estratégia para economia azul com portugueses



O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje ser “muito urgente” que a estratégia nacional para a economia azul seja compreendida por todos os portugueses e alertou para o risco de Portugal “continuar a adiar o futuro”.

“Entendo ser muito urgente que Portugal, que já tem uma estratégia nacional para a economia azul, consiga que essa estratégia nacional seja compreendida pelos portugueses, partilhada pelos portugueses, e passe às políticas públicas, e passe à sociedade civil, não apenas a nível de uma região autónoma, ou outra região autónoma, ou a nível do continente, mas a nível global do país”, declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na abertura da conferência “Portugal e o Mar – A Engenharia Azul”, no Funchal, numa intervenção apresentada em vídeo, na qual sublinhou que a estratégia do país para o setor tem de ser global e encarada como “uma espécie de desígnio nacional”.

“E quando é global quer dizer envolver poderes públicos, Presidente da República, Assembleia da República, primeiro-ministro, Governo, oposição, partidos políticos em geral, academia, comunidade científica, empresas, vários grupos de interesses, associações públicas, órgãos de comunicação social, comunidades locais”, disse.

O chefe de Estado considerou que, se a estratégia nacional para a economia azul não chegar a todos estes protagonistas, não chegará também à maioria dos portugueses.

“Não chega ao português e à portuguesa, aos milhões de portugueses e de portuguesas, não chega”, disse, para depois reforçar que as políticas externa, de defesa, económica e financeira, educativa, cultural, científica, tecnológica têm de estar focadas neste “desígnio nacional”.

“Se depois as consequências não chegarem, não tocarem a realidade, não tocarem a vida do cidadão comum, significa, de certa maneira, continuar a adiar o nosso futuro”, alertou.

Na intervenção na conferência “Portugal e o Mar – A Engenharia Azul”, evento organizado pela Ordem dos Engenheiros, com o alto patrocínio da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou a importância de Portugal reforçar a posição de liderança em dossiês de impacto global, como a ratificação do Tratado de Alto Mar, alcançado em 2022, durante a conferência das Nações Unidas sobre os oceanos, realizada em Lisboa.

Por outro lado, sublinhou a importância e impacto dos oceanos em matérias como as alterações climáticas, as cadeias de alimentação, sistemas de transporte, energia, emprego, turismo e meios de subsistências de comunidades locais, destacando o contributo da engenharia no desenvolvimento económico, na inovação e na ciência.





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