Martin Townsend: “A indústria da construção está nervosa porque sempre construiu edifícios da mesma maneira”



Para que seja viável, a construção sustentável tem de ser low cost e apelativa, segundo explicou na última terça-feira Martin Townsend, director da BREEM, uma das principais ferramentas globais de design e construção sustentável, que pertence ao centro de investigação BRE.

“A sustentabilidade tem de ser low cost. Temos também de tornar a construção sustentável apelativa, para que os jovens das universidades queiram vir trabalhar connosco e se sintam motivados para nos ajudarem a resolver os problemas do dia-a-dia”, explicou Townsend, que falava durante a conferência da Sustentare sobre os desafios e tendências da construção sustentável.

Estas foram, aliás, as duas principais ideias defendidas por Townsend, que continuou a falar na “importância da academia” neste passo importante da indústria da construção. De acordo com o responsável, esta indústria está “nervosa porque sempre construiu edifícios da mesma maneira”, por isso tem de chegar aos jovens universitários e que olham para os problemas de outra forma.

“Parte deste processo passa por educar as pessoas, que não têm informação. Temos de trabalhar para integrar mais planeadores urbanos, designers e arquitectos”, explica o responsável.

Mais sobre a conferência aqui e aqui.

Numa rápida mas profícua apresentação, Townsend afirmou que é necessário trabalhar com ciclos de inovação mais rápidos. “As coisas estão a acontecer cada vez mais rápido e é necessário à indústria da comunicação ter ciclos de inovação, por exemplo, parecidos com os da indústria das telecomunicações”.

O consultor disse ainda que as empresas com edifícios certificados estavam a ser beneficiadas economicamente e terminou com a afirmação de que a sustentabilidade na construção tem de ser, hoje, como a higiene e segurança neste sector. “Business as usual, o que não era há uns anos”.

Martin Townsend foi assessor em diversos ministérios britânicos e regulador na Agência do ambiente do Reino Unido. Desde 2008 que é director do BREEM.





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