Milhares iniciaram semana de protestos em Nova Iorque em defesa do ambiente
Dezenas de milhares de manifestantes, gritando que o futuro depende do fim do uso dos combustíveis fósseis, iniciaram ontem protestos que vão acompanhar ao longo da semana os líderes mundiais que procuram adotar medidas para travar as mudanças climáticas.
Os manifestantes dizem que as medidas não são suficientes e, direcionando a sua ira diretamente ao Presidente dos Estados Unidos, instaram-no a parar de aprovar novos projetos de petróleo e gás, eliminar gradualmente os atuais e declarar uma emergência climática.
“Se quer ganhar [nas eleições] em 2024, se não quer que o sangue da minha geração esteja nas suas mãos, acabe com os combustíveis fósseis”, disse Emma Buretta, de 17 anos, do grupo de protesto juvenil Fridays for Future.
Na Broadway, os manifestantes encheram as ruas, implorando por um futuro melhor, num protesto que abriu a Semana do Clima de Nova Iorque, onde líderes mundiais nos negócios, na política e nas artes se reúnem esta semana para tentar salvar o planeta, destacando-se uma nova cimeira especial das Nações Unidas, na quarta-feira.
Contudo, líderes de alguns dos países que causam mais poluição e emissões de carbono não estarão presentes na reunião das Nações Unidas, organizada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, nem ouvirão o apelo dos manifestantes.
Os organizadores estimaram que 75.000 pessoas participaram da marcha de hoje.
Os organizadores do protesto enfatizaram o quão dececionados se sentiram com o facto de Biden, que muitos deles apoiaram em 2020, ter permitido o aumento das perfurações de petróleo e combustíveis fósseis.
Nos últimos 100 anos, os Estados Unidos colocaram mais dióxido de carbono, que retém o calor na atmosfera, do que qualquer outro país, embora esse lugar pertença agora à China.
“É preciso eliminar gradualmente os combustíveis fósseis para o nosso planeta sobreviver “, disse Jean Su, organizador da marcha e diretor do Centro para a Diversidade Biológica.