Minho já regista mais de 25% da área ardida de Portugal



O incêndio que teve início a 8 de Agosto, em Candemil, concelho de Vila Nova de Cerveira, e que devastou uma área estimada de cerca de três mil hectares (ha) foi o maior registado no país até meados de Agosto, de acordo com o relatório provisório publicado esta semana pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

O relatório faz o balanço do número de incêndios e da área ardida entre 1 de Janeiro e 15 de Agosto e avança que, no número de ocorrências, o distrito de Braga continua a figurar em 2.º, com mais de 1500 registos.

Braga é também o distrito do país com maior número de incêndios florestais (533), ou seja, ocorrências que consomem mais de um ha. Em matéria de área ardida, o distrito de Viana do Castelo é o mais afectado com um total de 8.649 ha, sendo que mais de 5900 ha foram povoamentos florestais.

Além do de Candemil, que afectou também a zona da Serra d’ Arga, no concelho de Caminha, um grande incêndio afectou Sá, no concelho de Monção, que registou ainda outro grande incêndio em Longos Vales. Na mesma data, um incêndio em Taião, concelho de Valença, consumiu quase 300 ha de área, entre mato e provoamento florestal.

Os números ainda são provisórios e a área ardida – no caso de Candemil e de Longos Vales – ainda carece de validação – mas no conjunto dos quatro grandes incêndios a área ardida estimada ronda os 4500 ha.

Segundo o Correio do Minho, cerca de 60% da área ardida em Portugal continental, até 15 de Agosto, resulta de grandes incêndios (61 ao todo). O relatório dá conta do aumento do número de ocorrências (mais 7%) em relação à média do decénio 2005-2014.

No total, registaram-se em todo o país um total de 12.810 ocorrências que resultaram em 43.844 ha de área ardida. Até 15 de Agosto, registaram-se 753 reacendimentos, menos 82 que a média do decénio.

Foto: Erick Pleitez / Creative Commons





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