Ministro do Ambiente aponta política de preservação de recursos como “a mais importante”
O Ministro do Ambiente defendeu hoje que a “preservação de recursos” é a política pública ambiental “mais importante de todas” e a que dá “mais estabilidade” relativamente ao futuro.
“Quando olho para aquilo que poderão vir a ser as políticas públicas no domínio do ambiente, estou cada vez mais convencido que a preservação de recursos é a mais importante de todas”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, a participar numa sessão online sobre os “Desafios dos próximos 50 anos de política pública de Ambiente”.
Na sessão, organizada pela Comissão Nacional do Ambiente para evocar os seus 50 anos e o Dia Mundial do Ambiente, o governante referiu ainda que conseguir “colocar a economia a crescer” e fazer dos investimentos na economia “essencialmente investimentos no domínio da sustentabilidade” é a forma de “ganhar a luta” para os próximos 50 anos.
O também ministro da Ação Climática salientou que uma política de preservação de recursos “é aquela que dá mais estabilidade relativamente ao futuro […], aquela que dá mais margem de manobra para opções que têm que ser feitas como opções de curto prazo”.
No seu discurso, Matos Fernandes alertou que “qualquer asneira feita hoje não é remediável” no futuro: “Se de facto gastarmos mais do que aquilo que temos, não temos forma de o repor”, disse.
Considerando que a preservação de recursos “é onde manifestamente a tecnologia tem mais dificuldade em entrar, onde as coisas não se transformam com uma invenção, uma descoberta um novo saber”, o ministro com a tutela ambiental chamou a atenção para a importância daquela política em outras matérias.
“A preservação dos recursos, do recurso água, do recurso solo, da biodiversidade terão que ser sempre o pano de fundo de todas as outras opções, porque são as opções que nos conseguem garantir o futuro com mais certezas”, referiu.
Matos Fernandes deixou ainda um alerta: “Se nós não conseguirmos, de facto, combater as desigualdades, se nós não conseguirmos ao mesmo tempo que afirmamos as causas ambientais colocar a economia a crescer, fazendo dos investimentos da economia essencialmente investimentos no domínio da sustentabilidade, eu não sinto que a nossa luta seja uma luta ganha”.
Para o governante, é investindo no ambiente e na sustentabilidade que se consegue “um duplo ganho”.
“O ganho de termos melhores condições ambientais nos territórios em que vivemos e, em simultâneo, a criação de bem estar para a nossa espécie, com emprego mais qualificado e uma maior geração de riqueza”.
O Dia Mundial do Ambiente foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 05 de junho de 1972 e é comemorado em mais de 100 países.
A efeméride é celebrada todos os anos numa cidade diferente e com um lema distinto, sendo o deste ano a Restauração de Ecossistemas e o Paquistão o anfitrião global.