Moçambique vai investir nas renováveis para fornecer eletricidade a África

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, prometeu hoje um amplo investimento em energias renováveis no país para criar fontes alternativas para desenvolver a economia local e fornecer aos países da região austral de África.
“Moçambique está comprometido com a expansão de energias renováveis como parte da sua estratégia energética de longo prazo, esperando-se que a energia solar e eólica represente 20% da matriz elétrica do país até 2040, marcando um avanço significativo em direção a uma matriz energética mais limpa e mais sustentável”, disse o chefe de Estado, abertura da conferência dos 50 anos da Hidroelétrica de Cahora Bassa, em Maputo.
No seu discurso, Daniel Chapo avançou que Moçambique pretende acelerar investimentos nas energias renováveis, com destaque para solar e eólicas, em que o país espera, até 2030, aumentar a capacidade de instalada de energia solar para 266 MegaWatts (MW) e eólica em 40 MW.
“Neste momento estamos a construir uma central elétrica em Temane para a produção de 450 MW através do gás, que é a maior central que estamos a construir depois da independência”, disse o Presidente, avançando que outros empreendimentos de energias renováveis estão a avançar também nas províncias de Inhambane e de Maputo, em que se espera que adicionem até 2030 uma capacidade de produção de energia em 170 MW.
O chefe de Estado de Moçambique também avançou que estão em curso projetos para aumentar a capacidade de geração de energia, como é o caso da construção da central solar de Cuamba II, localizada na província de Niassa, com uma capacidade de 20 MW.
“Essa diversificação energética é considerada crucial para garantir a sustentabilidade e resiliência do setor nos próximos anos, reduzir o impacto e indisponibilidade de uma e outra fonte, e garantir a permanente existência de fonte primária na industrialização que é a energia”, acrescentou Daniel Chapo.
O Presidente também prometeu investimentos para modernizar e reabilitar os principais equipamentos da cadeia de produção e transporte de energia de Cahora Bassa com o objetivo de assegurar maior fiabilidade e disponibilidade de energia na região austral de África e no país.
“Estamos em fase avançada nas consultas comunitárias para a construção da hidroelétrica de Mphanda Nkuwa, um empreendimento energético que vai acrescentar mais de 1.500 MW de disponibilidade para o país e para a região, sem contar com a barragem de Boroma, Lupata, Chemba e outras sobre o rio Zambeze, que concentra cerca de 80% da capacidade hidroelétrica de Moçambique”, disse Chapo.