Modelo cooperativo de produção de energia renovável arranca hoje em Gaia



O Centro de Interpretação do Património da Afurada, a Escola Básica e o mercado locais, em Vila Nova de Gaia, começam esta sexta-feira a gerar e armazenar energia renovável, revelou à Lusa o presidente da GaiaUrb.

O projeto apoiado pelo Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono da EEA Grants “vai desde a energia aos edifícios, aos resíduos e à mobilidade, quatro eixos temáticos, quase todos eles suportados pelo eixo transversal que é a sustentabilidade e muito, também, pela mudança comportamental”, descreveu António Miguel Castro.

Assumido pela Câmara de Vila Nova de Gaia arranca na sexta-feira na Afurada “para testar tecnologia, mudanças comportamentais na expectativa de depois o poder desenvolver à escala do território”.

Nos três edifícios, descreveu o responsável da empresa municipal de Urbanismo e Habitação de Gaia, “foram colocadas três instalações fotovoltaicas, de 10 kilowatts, com armazenamento, com capacidade para gerar 36 megawatts/hora por ano e [obter] uma redução de emissões [de carbono] expectável na ordem das 10 toneladas”.

“A unidade de energia que vamos inaugurar tem características únicas, juntando um museu [Centro de Interpretação do Património da Afurada], uma escola [Básica da Afurada] e um mercado [da Afurada], três equipamentos públicos, com três realidades distintas”, continuou.

O projeto “começou há cerca de ano um ano e meio, vai prolongar-se por mais um ano e meio e tem um orçamento de cerca de 1,1 milhão de euros e é promovido pela Secretaria de Estado do Ambiente, contando com nove parceiros, desde empresas a associações na rede”, assinalou António Miguel Castro.

“No primeiro ano meio definimos o que fazer, avaliámos os impactos, escolhemos a comunidade e rapidamente iremos passar para a temática dos resíduos”, disse ainda.

Sem conseguir precisar quantas habitações beneficiarão, no imediato, da produção do modelo cooperativo, o dirigente da GaiaUrb informou que na envolvente aos três edifícios preparados “existem cerca de 1.500 habitações”.

“Esse é o universo expectável [para fazer chegar a energia]”, avançou.

As centrais possuem baterias o que permitirá “armazenar energia durante o dia para ser disponibilizada à noite”, disse.

O anúncio do projeto será no Centro de Interpretação do Património da Afurada, pelas 17:30, sendo a solução tecnológica da responsabilidade da DST.





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