Moléculas podem armazenar energia solar indefinidamente
A energia solar caminha a passos largos para o microscópico: cientista do MIT e Universidade de Harvard encontraram uma forma de armazenar energia solar em moléculas que podem ser usadas para aquecer casas, água ou para cozinhar.
Estas moléculas podem armazenar o calor para sempre e ser utilizadas indefinidamente, não emitindo gases com efeito de estufa. Ainda que a investigação ainda esteja no início, os testes de laboratório já demonstraram a viabilidade do fenómeno, denominado photoswitching.
“Há moléculas, conhecidas como photoswitching, podem assumir duas formas diferentes, como se tivessem uma dobradiça no meio”, explicaram os investigadores num comunicado publicado no jornal Nature Chemistry. “Expô-las à luz permite-lhes absorver a energia e mudar de uma configuração para a outra, que depois fica estável durante um longo período de tempo”.
Para libertar essa energia, basta expor as moléculas a uma pequena quantidade de luz, calor ou electricidade, e depois mudar para a outra forma. “De facto, elas comportam-se como baterias carregáveis: tomam a energia do Sol, armazenam-na indefinidamente e depois libertam-na a pedido”, explicou o Nature Chemitry.
Segundo o The Atlantic, esta tecnologia poderá ser utilizada em países onde as pessoas ainda usam lenha para cozinhar, o que cria níveis perigosos de poluição atmosférica dentro de casa, leva à desflorestação e contribui para as alterações climáticas.
“Para cozinhar, basta deixar o aparelho ao sol durante o dia”, explicou Timothy Kucharsk, líder da investigação. Outra das versões do aparelho pode ser utilizada para aquecer edifícios. Kucharski disse ainda que o MIT e Harvard procuram agora investigar molécula que possam absorver mais do que a energia do Sol, para que possam ser mais facilmente utilizadas.
Foto: Moyan_Brenn (back soon, sorry for not commenting) / Creative Commons