Mondelēz apela a adiamento por um ano da lei da UE contra a desflorestação



A empresa Mondelēz, detentora de marcas de chocolate como Cadbury, Milka e Toblerone, está a apelar aos legisladores da União Europeia (UE) que adiem por um ano a implementação da lei contra a desflorestação.

Num texto publicado na rede social online LinkedIn, Massimiliano Di Domenico, vice-presidente de assuntos corporativos e governamentais para a Europa, reafirma que a multinacional “apoia em pleno a ambição” o regulamento da UE para combater a desflorestação, também conhecido pela sigla EUDR.

No entanto, aponta que, para ser bem-sucedida, a lei tem de refletir “as realidades no terreno, especialmente para pequenos agricultores nos países de origem”.

Recorde-se que a EUDR pretende, essencialmente, evitar que o consumo europeu contribua para a degradação e perda de florestas na UE e pelo mundo fora. Para isso, exige que as empresas que importam produtos como cacau, madeira, soja, café e óleo de palma comprovem que as suas cadeias de valor não estão a promover a desflorestação.

“O setor do cacau está sob enorme pressão: preços em alta, produção em declínio e os países de origem ainda estão a aumentar a sua capacidade digital, com implicações claras para toda a cadeia de valor”, escreve Di Domenico.

Por isso, aponta, “estamos a solicitar, de forma respeitosa, transparente e responsável, um adiamento de 12 meses”.

Acontece que a aplicação do EUDR já sofreu um adimento de um ano. Embora tenha entrada em vigor em junho de 2023, a sua plena implementação, incluindo as obrigações com as quais as empresas terão de lidar, foi adiada para 30 dezembro deste ano. Esse prazo abrange grandes e médias empresas, ao passo que as pequenas e microempresas só serão abrangidas a partir de 30 de junho de 2026.

O responsável da Mondelēz assegura que o pedido de adiamento não pretende enfraquecer a ambição do EUDR, mas sim “permitir uma implementação prática, inclusiva e efetiva”.

“Por outras palavras, para garantir que o objetivo final deste importante regulamento seja plenamente alcançado na prática”, esclarece.






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