Na Austrália, os aeroportos poderiam fornecer energia verde para cidades inteiras



Na Austrália, a eletricidade provém, na sua grande maioria, de fontes fósseis (76%), correspondendo apenas 22.3% à energia solar. Tendo conhecimento do clima do país, os especialistas acreditam que deveria existir uma maior aposta nesta fonte renovável.

Uma nova investigação da RMIT University, em Melbourne, na Austrália, concluiu que os aeroportos têm um grande potencial para produzir eletricidade, mais do que as zonas residenciais. Estes locais são ideais para a colocação de painéis solares em grande escala devido à sua grande exposição solar.

A equipa de cientistas estudou este conceito a nível regional, na cidade de Bendigo, em Vitória, comparando a energia gerada pelos 17 mil painéis instalados nas suas habitações, com o potencial de instalação de painéis solares em grande escala em 21 aeroportos pertencentes ao governo australiano. Os resultados sugeriram que seria gerada 10 vezes mais eletricidade através dos aeroportos do que nas zonas residenciais, o equivalente ao abastecimento de 136 mil casas, e que seriam evitadas 151,6 mil toneladas de emissões de gases com efeito de estufa por ano.

“Não podemos contar com pequenos painéis solares residenciais para nos levar a uma economia de emissão zero, mas a instalação de grandes painéis em locais como aeroportos nos deixaria muito mais próximos”, afirma Chayn Sun, autora correspondente do estudo. “Aproveitar esta fonte de energia evitaria que 63 quilotoneladas de carvão fossem queimados na Austrália a cada ano, um passo importante em direção a um futuro carbono zero.”

De acordo com os dados do estudo, o Aeroporto de Perth e o de Melbourne foram os que demonstraram ter maior potencial para gerar energia solar. “Mapeamos aeroportos da propriedade do governo, mas a Austrália tem mais de 150 aeródromos de propriedade privada, que também poderiam ter painéis instalados”, aponta Chayn Sun.





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