Nova estação de bombagem de água vai beneficiar 72 mil pessoas em Maputo



Uma nova estação de bombagem de água vai beneficiar ainda este mês 72 mil pessoas na cidade de Maputo, para responder à situação de emergência na capital moçambicana, anunciou o ministro das Obras Públicas.

Com um custo de 3,8 milhões de meticais (50 mil euros), a estação de bombagem da missão Roque deverá ser inaugurada em 31 de julho e vai “responder aos desafios da maioria dos serviços de abastecimento de água na maioria dos Bairros da cidade de Maputo”, disse à imprensa o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, ao visitar a obra, na segunda-feira.

Com execução dos trabalhos em “cerca de 95%”, esta é considerada uma “infraestrutura estratégica” e que se vai juntar às outras duas, a de Intaca e Laulane, todas em Maputo, e resolver, também, problemas de falta de pressão, sublinhou Fernando Rafael.

“Vai aumentar a capacidade de produção de água em cerca de 30 mil metros cúbicos por dia. O que é muito bom porque vem responder à situação de emergência que antes nós não conseguíamos em termos do setor de água, onde dependíamos da água que vem do centro distribuidor de Intaca”, explicou.

A estação de bombagem da missão Roque, que já está na fase experimental, não só irá reforçar a disponibilidade de água na capital do país, como poderá trazer outros benefícios, desde logo criando “uma redundância” no sistema.

“No sentido de poupar a água que vem da estação do Umbeluze [província de Maputo], porque já temos esta que vai receber a água do Intaca que vai abastecer o centro distribuidor de Laulane”, disse ainda o governante.

Em Moçambique, a cobertura do acesso à agua ronda aos 63%, de acordo com os dados governamentais, havendo necessidade de reforçar através de construção de mais barragens, especialmente no norte do país.

“Nós estamos cientes de que a cobertura de água ao nível nacional constitui ainda um grande desafio e por isso mesmo nós temos no nosso plano (…) a construção de barragens na zona norte. Por exemplo, está previsto a construção de mais barragens. Nós temos a barragem de Muera [Cabo Delgado], de Macuje [Nampula], a barragem de Locoma [Niassa], porque é por aí que nós vamos conseguir garantir a água segura, através de aumento da capacidade de cobertura”, precisou.

Em agosto, o então Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que 63,6% da população moçambicana, o correspondente a 20 milhões de pessoas, já tinha à data acesso a água potável.

“No início do meu mandato, em 2015, o acesso à água potável situava-se em 51%, isto é, abastecia 12,6 milhões de pessoas, mas quando nós moçambicanos éramos 20 milhões. (…) Com a implementação de vários programas, com destaque para Água para Vida, o nível de cobertura evoluiu para 63,6%, beneficiando cerca de 20 milhões em 2024”, afirmou Nyusi, durante a inauguração do sistema de abastecimento de água de Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.






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