Nova técnica incentiva cultura do sobreiro



Experiência em regime superintensivo prova que os sobreiros em sistema de rega gota a gota são muito mais rápidos a produzir cortiça. Esta revelação está a animar a indústria corticeira e a assegurar o futuro dos montados.

Francisco Almeida Garrett, produtor de vinho e azeite alentejanos, experimentou um dia plantar sobreiros numa pequena porção de terra mais marginal, de acordo com o sistema que aplicava no cultivo das oliveiras. Monitorizou o crescimento das árvores e, para seu espanto, ao fim de oito anos as cascas dos sobreiros já tinham a dimensão certa para serem retiradas.

Em condições normais, só à terceira extração é que a cortiça tem qualidade suficiente para ser usada em produtos de valor acrescentado, como rolhas (em estádios anteriores, serve apenas para aglomerado destinado, por exemplo, ao fabrico de pavimentos). Quer isto dizer que num montado tradicional, só ao fim de 43 anos é que um sobreiro começa a dar cortiça de qualidade.

Segundo notícia desenvolvida na edição em papel do Expresso, esta descoberta despertou o interesse da corticeira Amorim, que em conjunto com Francisco Almeida Garrett e a Universidade de Évora já está a estudar em pormenor as necessidades de água dos sobreiros.

Foto: Amelia Monteiro / Creative Commons





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