Novo sistema de transportes públicos começa hoje a operar em Viana do Castelo



O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse ontem que estão reunidas as condições para iniciar o novo sistema de transportes urbanos, com 12 autocarros para a percorrer as 14 linhas.

Luís Nobre referiu que, dos 17 autocarros elétricos que a câmara comprou por 7,15 milhões de euros, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cinco já disponíveis para iniciar o serviço, sendo dois autocarros pequenos, dois médios e um autocarro grande.

A frota será complementada com parte dos 10 autocarros que a autarquia alugou, por três meses, para garantir o novo serviço, caso os autocarros elétricos não chegasse a tempo.

O socialista admitiu que o arranque do TUViana “terá as suas vicissitudes, pela sua complexidade”, mas garantiu que a autarquia vai “estar atenta e preparada para ir melhorando gradualmente” o serviço.

O novo serviço, que começa a funcionar às 6:35 desta terça-feira, incluiu o aumento do período de funcionamento até 23:30 e vai passar a funcionar aos fins de semana, o que não sucedia com a concessão que hoje termina, explorada pela Transcunha do Avic durante 10 anos.

Luís Nobre salientou que Viana do Castelo é “o primeiro município a iniciar um serviço de transportes público, sob gestão municipal, com uma frota completamente elétrica, amiga do ambiente”.

O autarca espera que até final da semana a frota elétrica esteja completa e a operar, sendo que o município contratou 27 motoristas.

Com o TUVIANA, o serviço de transportes públicos de Viana do Castelo passa dos 142 quilómetros que cria para os 293 quilómetros.

A “variante escolar passa de 98 quilómetros para 129 quilómetros. A rede total passa dos atuais 240 quilómetros para 422 quilómetros”, lê-se no sítio oficial na Internet do TUVIANA.

Quanto ao tarifário, os detentores de passe social urbano, os jovens entre os quatro anos e dos 23, e os beneficiários do cartão de Antigo Combatente, podem utilizar gratuitamente o serviço.

A decisão de internalização do serviço de transportes públicos não foi consensual, desde logo com a oposição no executivo municipal (PSD/CDS e o vereador Eduardo Teixeira), exceto a vereada da CDU, Cláudia Marinho, e pela própria empresa Transcunha.

Desde janeiro de 2024 até terça-feira o processo conheceu troca de acusações, processos judiciais, protesto dos motoristas da Transcunha, entre outras situações, “ruído” que Luís Nobre acredita que vai passar quando o serviço estiver em pleno funcionamento.

Os motoristas da concessionária chegaram no final de junho a manifestar-se pela integração no serviço agora assumido pela câmara, mas acabaram por ficar no grupo Avic e distribuídos pelos vários serviços da empresa.

O projeto TUVIANA que inclui a instalação, já iniciada, de 80 novas paragens no concelho, passou ainda pela construção de um parque de estacionamento, com capacidade para 20 autocarros elétricos e respetivo carregamento, financiado pelo município, localizado na Praia Norte, junto aos armazéns dos Serviços Municipalizados de Viana do Castelo (SMVC).






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