O Desgasificador Térmico Energest e o Impacto Ambiental
Por José Guedes, CEO e Fundador da Energest
A presença de gases dissolvidos, particularmente o Oxigénio (O2) e o Dióxido de Carbono (CO2), na água de alimentação das caldeiras de vapor, causam rápidos processos de corrosão nos equipamentos e nas tubagens que constituem os sistemas geradores e utilizadores de vapor.
Baseando o seu funcionamento na Lei de Henry e na relação física entre a solubilidade dos gases e a temperatura, o Desgasificador Térmico Energest permite, como o próprio nome indica, separar e eliminar os gases dissolvidos na água de alimentação das caldeiras, nomeadamente o Oxigénio, cuja atividade corrosiva, do tipo “Pitting”, é particularmente violenta mesmo em reduzidas concentrações.
Não existindo alternativa sustentável no que respeita à eliminação do CO2, cuja ação corrosiva tem maior impacto nos sistema de purga e redes de condensados, a alternativa a este processo físico de eliminação do Oxigénio dissolvido na água de alimentação de uma caldeira, é a sua captura mediante o doseamento de produtos químicos, isto é, a desgaseificação química, mas a adição de produtos químicos na água da caldeira tem por consequência a necessidade de aumentar a taxa de purgas, e esta, o correspondente acréscimo no consumo de combustível.
De facto, embora muitas vezes de impacto negligenciado, importa lembrar que esta opção, a desgaseificação química, constitui um não irrelevante custo de exploração, não tanto pelo custo do produto químico utilizado, mas porque, tomando para exemplo a produção de vapor a 10 barg com Gás Natural, pode dizer-se que a cada percentual de acréscimo de purga contínua corresponde idêntico acréscimo percentual no consumo de Gás Natural.
Por outro lado, a existência de um Desgasificador Térmico permite otimizar a não menos importante recuperação dos condensados, isto é, evitando o seu flash de expansão até à pressão atmosférica, recuperar quase integralmente a energia neles contida (calor latente e sensível) e a própria água tratada, o que por si só viabiliza geralmente o investimento na desgaseificação térmica.
Assim, reduzindo pela sua ação física a produção, utilização e manuseamento de produtos químicos, os efluentes resultantes e o consumo de energia térmica, hoje ainda maioritariamente produzida com combustíveis de origem fóssil, pode afirmar-se que a Desgasificação Térmica é uma forma útil e inteligente de reduzir o “Impacto Ambiental” das Centrais Térmicas, a nossa “Pegada ecológica”.