Obras de saneamento de 3,3 ME em Porto de Mós arrancam na segunda-feira
As obras de saneamento em duas freguesias do concelho de Porto de Mós, um investimento de 3,3 milhões de euros, arrancaram, esta segunda-feira, disse à agência Lusa o presidente do município, Jorge Vala.
Os trabalhos incidem nos lugares de Cumeira, Albergaria, Cruz da Légua e Boieira, nas freguesias do Juncal e Pedreiras, e têm um prazo de execução de 730 dias.
“Este projeto estende-se ao longo da Estrada Nacional 8, no concelho de Porto de Mós, vai servir cerca de 700 casas e vai servir um conjunto de unidades fabris, empresas industriais que acomodam cerca de dois mil trabalhadores”, explicou Jorge Vala.
Considerando esta “uma obra muito significativa, relevante para o desenvolvimento” desta zona que tem “uma pressão urbanística bastante grande”, o presidente da Câmara realçou que “é, sobretudo, importante” porque potencia e melhora as condições de vida da população.
Por outro lado, acautela “tudo o que tem a ver com questões ambientais e, sobretudo, a sustentabilidade do território”, frisou o presidente daquele município do distrito de Leiria.
Jorge Vala destacou ainda que as oportunidades de financiamento deste tipo de obras já acabaram (…), pelo menos para municípios que estão fora de agregações, como é o caso de Porto de Mós, pelo que o esforço da Câmara para concretizar o investimento é muito grande.
“Relembro que nós fizemos um financiamento para podermos dar resposta a esta necessidade e vai ser toda suportada por capitais do município”, adiantou, referindo tratar-se de uma situação profundamente injusta, pois continua a haver muitos municípios que ainda estão longe de atingir os objetivos mínimos exigidos pela União Europeia e pelos tempos atuais.
O presidente da Câmara destacou que, no âmbito do saneamento, há outra obra para concretizar, embora mais complexa, relativa a Mira de Aire.
“A outra grande obra é complementar a vila de Mira de Aire, que só parte é que tem saneamento básico, que foi concluído uma parte há mais de 20 anos. A outra parte foi concluída já por nós e agora falta o miolo de Mira de Aire, numa obra também significativa, orçada em mais de sete milhões de euros”, esclareceu.
Adiantando que o investimento “está em cima da mesa do Ministério do Ambiente” e que o município gostaria de o concretizar, Jorge Vala notou que a vila “está assente no maciço” calcário estremenho, a segunda maior reserva estratégica de água subterrânea de Portugal, depois da Península de Setúbal.
“Podemos, eventualmente, avançar, se entendermos que temos condições para poder ir buscar financiamento para fazer a obra”, admitiu, reconhecendo que “estas obras de saneamento são de retorno a muito longo prazo, mas têm um retorno ambiental imediato”, daí a preocupação permanente em avançar com estas.
O projeto de Mira Aire está concluído, deverá ser revisto e depois, no próximo quadro comunitário, se houver a abertura de uma janela de oportunidade para os municípios que não estão agregados, será feita a candidatura, afirmou o autarca.
A assinatura do auto de consignação de início de obra nas freguesias do Juncal e Pedreiras, decorre as 10:00, na Cumeira de Cima.