Ocean Winds aguarda por regulação de leilão eólico ‘offshore’ para tomar decisões



A Ocean Winds, dedicada à eólica ‘offshore’ detida pela EDP Renováveis (50%) e pela Engie (50%), aguarda pela regulação do leilão eólico ‘offshore’ que o Governo prometeu lançar até final do ano, para tomar uma decisão de investimento.

“Sem sabermos quais são as condições, não podemos dizer, taxativamente, que estamos interessados. Como é óbvio, estamos no mar português, temos a experiência de mais de uma década de desenvolvimento da tecnologia eólica flutuante. Estamos a operação [Windfloat Atlantic] com bons níveis de ‘performance’ e, portanto, encontramo-nos, pacientemente, a aguardar que a regulação permita um investimento claro, a longo prazo”, afirmou ontem o diretor do projeto Windfloat Atlantic, José Pinheiro.

Em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita do bastonário da Ordem dos Engenheiros Windfloat Atlantic, instalado ao largo de Viana do Castelo, explicou que a empresa “está a aguardar que as áreas [Zona Livre Tecnológica] fiquem definidas no Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo e por toda a regulação que permita o acesso ao domínio hídrico, ao ponto de ligação e da remuneração à eletricidade produzida”.

O projeto para a criação de um parque eólico ‘offshore’ em Portugal, com 10 GW de potência, delimitou, como possíveis áreas de exploração de energias renováveis, Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines.

“Esperamos, assim como todo o setor, por uma clara regulação, pelas regras concursais que aplicarão. Estamos interessados, mas tem muito a ver com o cruzamento entre as regras que permitem o investimento e, o nosso perfil de investimento”, afirmou José Pinheiro.

O primeiro procedimento concorrencial será aberto até ao final de 2023, segundo anunciou em maio a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, devendo o vencedor ser conhecido em 2024.

A secretária de Estado afirmou que “certamente” o leilão será lançado este ano, e reiterou que o “processo será gradual”, estando previsto o lançamento “de mais leilões ao longo dos próximos anos”.

O Governo tem assumido a ambição de atingir uma capacidade instalada de eólico ‘offshore’ de 10 GW em 2030, a atribuir por leilão.





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