Oito espécies ameaçadas que estão a recuperar de forma surpreendente (com FOTOS)



Ao percorrer-se a longa lista de espécies ameaçadas da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, é fácil deixar-se impressionar pela quantidade de espécies de animais e plantas que estão em risco de extinção – cerca de 19.817 espécies.

Contudo, os conservacionistas estão a travar uma batalha para impedir que estes animais desapareçam para sempre. Mas a sua dedicação e o trabalho duro começam a ser recompensados à medida que várias espécies vão recuperando e o número de populações aumentando.

Eis algumas das espécies que estão a recuperar.

Águia-americana

Uma das incontáveis vítimas dos efeitos do DDT – nomeadamente nas cascas dos ovos –, a população de águias-americanas diminuiu de cerca de 300.000-500.000 animais para apenas 412 nos Estados Unidos, país nativo, durante a década de 1950. Esta águia é o animal oficial dos Estados Unidos e beneficiou ao longo das últimas décadas de uma Lei de Protecção, aplicada em 1940, que proíbe matar e enjaular a espécie. O uso de DDT foi também já banido e a água-americana conseguiu recuperar, deixando a lista de espécies ameaçadas em 2007.

Raposa-orelhuda

As raposas-orelhudas foram dizimadas durante a década de 1930 pelos programas de controlo de predadores, que pretendiam acabar com os coiotes e com os lobos-cinzentos que atacavam os rebanhos. Embora as populações desta espécie estejam agora estáveis e já não pertençam aos animais ameaçados nos Estados Unidos, as raposas-orelhudas apenas habitam actualmente cerca de 40% do seu antigo território e no Canadá ainda são uma espécie considerada ameaçada.

Falcão-peregrino

Tal como muitas espécies, o falcão-peregrino foi acrescentado à lista de espécies ameaçadas antes da restrição do uso de DDT, que diminuiu a percentagem de cálcio nos ovos e tornava mais difícil a eclosão de novas aves. Com a restrição do uso de pesticidas e com programas de reprodução em cativeiro, com bastante sucesso, o falcão-peregrino deixou a lista de espécies ameaçadas em 1999. Os falcões criados em cativeiro são alimentados através de métodos indirectos ou com um fantoche de mão a imitar um falcão-peregrino, para que as crias não sintam o contacto nem se habituem aos humanos. Com o tempo, a alimentação é reduzida e os falcões são forçados a aprender a caçar antes de serem totalmente libertados na natureza.

Jacaré-americano

Ameaçado pela caça excessiva e pela perda de habitat, o United States Fishing and Wildlife Service aliou-se a várias organizações de vida animal dos vários estados norte-americanos para restringir e regular o comércio legal de produtos e carne de jacaré. Os esforços deram os seus frutos em 1987, quando o jacaré-americano deixou a lista e está agora na categoria de “preocupação menor”, o que indica que a espécie recuperou bastante bem.

Furão-de-patas-negras

Pensava-se que o furão-de-patas-negras estava completamente extinto, já que as populações destes animais foram dizimadas pelas pragas e o contacto humano com a sua principal fonte de alimento, o cão da pradaria. Em 1981, o cão de uma habitante do estado de Wyoming apareceu com um furão-de-patas-negras morto em casa e o aparecimento do animal conduziu à descoberta de meia dúzia de animais que tinham sobrevivido. Em 1987, 18 furões-de-patas-negras foram inseminados artificialmente, na esperança de a espécie recuperar. A reintrodução do animal na natureza começou em 1911 e em 2013 estimava-se que existissem 1.200 furões a viver em estado selvagem. Apesar da recuperação fantástica, esta espécie ainda está considerada sob ameaça.

Condor-da-Califórnia

O condor-da-Califórnia foi outro dos animais que sentiu severamente os efeitos do DDT, que aliados ao facto de esta espécie se alimentar de carcaças que estavam contaminadas com fragmentos de chumbo, à colisão com linhas de alta tensão e ao contacto humano potenciou a redução drástica do condor. Em 1987, os 22 exemplares que sobreviveram foram capturados e transportados para centros onde participaram em programas de reprodução em cativeiro. Os animais que nasceram em cativeiro foram treinados para evitar as linhas de alta tensão e para evitar os humanos, o que ajudou à sua sobrevivência. No final de 2013, estimava-se que existissem cerca de 435 condores-da-Califórnia, 237 em estado selvagem e 198 em cativeiro.

Pantera-da-Flórida

Na década de 1970, a população de panteras-da-Flórida estava reduzida a uma população de cerca de 20 exemplares em estado selvagem. Os esforços de conservação fizeram com que a população aumentasse para 160 em 2013, mas a espécie ainda luta pela sobrevivência e continua classificada como ameaçada. A extinção desta espécie de pantera estava a ser potenciada pela urbanização humana, que destruía o habitat da espécie. Adicionalmente, a colisão com veículos e imunodeficiências e o contacto com químicos de origem humana foram outros dos factores que provocaram o declínio da espécie.

Cavalo-de-przewalski

A população desde cavalo selvagem foi diminuindo à medida que o seu habitat ia sendo destruído ou degradado devido à interferência humana. O último avistamento de um cavalo-de-przewalski em estado selvagem ocorreu em 1969, no Deserto do Gobi, na Mongólia. Esta espécie de cavalo selvagem tem sofrido para conseguir recuperar, mas o esforço tem valido a pena. Actualmente, existem mais de 400 exemplares em estado selvagem e mais de 1.500 em cativeiro. Os programas de reintrodução levados a cabo pela China, Mongólia e Cazaquistão, tem sido frutíferos, mas a diversidade genética e a endogamia permanecem um problema sério.

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