Ondas de calor deverão acontecer a cada dois anos depois de 2030



Os verões tórridos na Europa – tal como o de 2003, que reclamou 70.000 mil vidas – vão tornar-se uma ocorrência frequente dentro das duas próximas décadas e “normais” no final do século. A conclusão é de um novo relatório do Gabinete Meteorológico britânico.

O novo modelo climático, publicado na Nature Climate Change esta segunda-feira, prevê um aumento dramático na probabilidade de ocorrência de padrões meteorológicos extremamente quentes na Europa Central e na região do Mediterrâneo, caso as emissões de gases com efeito de estufa continuarem ao ritmo actual.

“Verões extremamente quentes que ocorriam duas vezes por século, no início dos anos 2000, devem acontecer agora duas vezes por década”, indica Nikos Christidis, um dos autores do estudo, cita o Guardian. “As probabilidades de ondas de calor tão extremas com as vistas em 2003 aumentaram de uma em 1.000 anos para uma em 100 anos e espera-se que ocorram a cada dois anos a partir da década de 2030 ou 2040, caso as emissões de gases continuem”, explica o investigador.

Tal como o verão quente de 2003 na Europa, foram também registadas onda de calor severas em Moscovo, em 2010, no Texas, em 2011 e na Austrália, no verão de 2012.

Entre o último relatório do Gabinete Meteorológico, publicado em 2004, sobre alterações climáticas na década de 1990, e o agora recentemente publicado sobre o período entre 2003 e 2012, as temperaturas na Europa Central e na região do Mediterrâneo aumentaram 0,81 graus Celsius.

De acordo com padrões climáticos projectados, “o senário normal” para 2100 será com verões seis graus Celsius mais quentes para toda a Europa.

Foto:  Nigel Musgrove / Creative Commons





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