Parque Nacional de Salonga na RDCongo sai da lista da UNESCO do Património Mundial em perigo



O Parque Nacional de Salonga, o maior da República Democrática do Congo (RDCongo), foi hoje retirado da lista do Património Mundial em perigo, anunciou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Em comunicado, citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse, a UNESCO afirmou que o comité “decidiu hoje retirar o Parque Nacional de Salonga da lista do Património Mundial em Perigo devido a melhorias no seu estado de conservação”.

Para a UNESCO, “a monitorização regular da vida selvagem mostra que as populações de chimpanzés bonobo permanecem estáveis apesar das pressões do passado” e, por outro lado, “a população de elefantes florestais começou lentamente a recuperar”.

A direção da UNESCO disse ainda congratular-se com o esclarecimento das autoridades relativamente às concessões petrolíferas, que ficarão de fora da zona do parque.

“O comité congratula-se com o esclarecimento de que as concessões petrolíferas que se estendem ao parque são nulas e que os blocos de petróleo dentro do parque serão excluídos de futuros leilões”, lê-se na declaração citada pela AFP.

Criado em 1970 pelo antigo ditador Mobutu Sese Seko, o Parque de Salonga, com 36.000 quilómetros quadrados, é considerado a maior reserva de floresta tropical de África e foi inscrito como Património Mundial em Perigo em 1984.

As turfeiras – zonas húmidas que albergam uma grande biodiversidade – da Bacia do Congo, e em particular a Salonga, cobrem 145.000 quilómetros quadrados, uma área mais de 1,5 vezes maior que Portugal, e armazenam cerca de trinta mil milhões de toneladas de carbono, de acordo com a Organização Não-Governamental (ONG) Greenpeace.





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