Pelo menos quatro mortos por elefantes desde janeiro no parque moçambicano de Mágoè



Pelo menos quatro pessoas morreram desde janeiro em resultado de ataques de elefantes no Parque Nacional de Mágoè, na província de Tete, centro de Moçambique, disse hoje a administradora daquela área de conservação.

“Este ano já registámos, pelo menos, quatro mortes humanas por ataques de elefantes”, avançou Júlia Mwitu, acrescentando que em causa está o aumento da fauna e o crescimento populacional que resulta em conflitos “graves” e disputa de recursos.

“Por um lado a população humana cresce, mas também temos a população faunística a crescer e a disputar pelos mesmos recursos. Daí que temos registado muitas vezes graves situações de conflito homem/fauna bravia”, frisou, durante o ato que assinalou o Dia Internacional da Diversidade Biológica (22 de maio).

A administradora do parque disse ainda que os incidentes, para além de mortes, levam à perda de terrenos de cultivo.

O Parque Nacional de Mágoè foi criado em 2013 e possui uma extensão de cerca de 355 mil hectares composta por uma floresta semi-fechada, com predominância de espécies de vegetação seca e diversas espécies de fauna bravia, incluindo búfalos, elefantes e crocodilos.

A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).

De acordo com o diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.





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