Politécnico da Guarda coordena projeto europeu para acelerar a economia azul
O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai coordenar um projeto europeu com 3,1 milhões de euros para tornar as atividades ligadas à economia do mar mais inovadoras e competitivas através das tecnologias digitais.
O projeto ADT4Blue arranca este mês e as primeiras reuniões preparatórias vão decorrer na Guarda, nos dias 12 e 13.
O ADT4Blue junta 13 parceiros – associações, empresas, centros de investigação e instituições de ensino superior – de Portugal, Espanha, França e Irlanda.
Os intervenientes portugueses são o IPG, a Administração do Porto de Aveiro, a Administração do Porto da Figueira da Foz e a INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro.
O ADT4Blue pretende fomentar ideias de negócio que acelerem a digitalização e a sustentabilidade na economia azul, e desenvolver projetos de investigação.
O Politécnico da Guarda irá criar e implementar programas de formação, aumentando as competências de empreendedores nesta área.
O IPG, em comunicado enviado à agência Lusa, explicou que o objetivo do projeto é incentivar o trabalho inter-regional de equipas multidisciplinares para estimular o potencial da economia azul.
Para o presidente do IPG, Joaquim Brigas, “a sustentabilidade dos oceanos e do planeta tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as atividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental”.
Ao liderar este projeto, o IPG “assume o compromisso de transmitir conhecimento para que o país e a Europa consigam enfrentar estes desafios e continuar a usufruir das potencialidades do mar”, sustentou aquele responsável.
André Sá, docente no IPG e coordenador do Laboratório Colaborativo da Logística, explicou ser “necessário criar soluções técnicas que atenuem a poluição causada pelo transporte marítimo e garantam a preservação dos ecossistemas”.
O docente esclareceu que as formações que estão a ser desenhadas pelo IPG irão capacitar os profissionais do setor da logística e dos transportes para a utilização de energias renováveis nos portos, para o uso das novas tecnologias na monitorização de resíduos altamente poluentes e para o cumprimento da legislação ligada à proteção ambiental.
O IPG realçou que perante a perspetiva de se instalar na Guarda o Porto Seco “o domínio da logística tem vindo a tornar-se cada vez mais central” para a instituição.