Porto de Sines recebe 1.ª operação de abastecimento de GNL entre navios em Portugal



O abastecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) entre dois navios por meios flutuantes, a primeira operação do género em Portugal, foi concluído com sucesso no Porto de Sines, consolidando a sua posição como ‘hub’ energético e logístico.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), no distrito de Setúbal, revelou que a operação designada ‘ship-to-ship’ (‘navio-a-navio’, em português) envolveu um porta-contentores do operador Mediterranean Shipping Company (MSC) e um navio de abastecimento de GNL.

De acordo com a administração portuária, a operação realizou-se, na passada sexta-feira, no Terminal de Contentores de Sines, envolvendo o porta-contentores “MSC Tongo”, que se tornou no “primeiro navio a ser abastecido em Portugal com GNL por meios flutuantes, e o navio “Avenir Aspiration”.

Durante a operação, indicou a APS, “foram transferidos cerca de 5.400 metros cúbicos de GNL, o equivalente a 2.376 toneladas, enquanto o navio operava no Terminal de Contentores de Sines”.

“O fornecimento foi assegurado pela Axpo, multinacional com experiência em operações ‘ship-to-ship’, com o apoio do agente local Wilhelmsen Port Services”, acrescentou.

Segundo a APS, tendo em conta a “máxima segurança da operação”, foi necessário cumprir “os regulamentos e procedimentos internacionais de segurança nestas matérias”.

Estiveram igualmente envolvidos, nos “diferentes estágios da operação”, as tripulações do navio abastecido e do navio abastecedor, o operador do terminal (PSA Sines), a autoridade portuária e a autoridade marítima.

“A colaboração da Reboport foi essencial para o sucesso da manobra de atracação”, realçou a administração portuária.

De acordo com a APS, “o gás natural é um combustível de transição fundamental no processo de descarbonização, sendo cada vez mais frequente o registo de encomendas no setor do transporte marítimo de novos navios porta-contentores movidos a GNL”.

Esta operação “atesta a capacidade do Porto de Sines para fornecer combustíveis alternativos a navios, promovendo menores emissões, o que, aliado [à] localização estratégica, potencia a sua integração nos corredores marítimos verdes”, sustentou.

Para o Porto de Sines, esta operação é “mais um passo para consolidar e desenvolver” a sua “posição como ‘hub’ energético e logístico de referência a nível internacional”.






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