Portugal regista aumento ligeiro de resíduos urbanos em 2019



A produção de resíduos em Portugal ascendeu a 5,281 milhões de toneladas em 2019, denotando um crescimento de 1% em relação ao ano anterior, segundo o Relatório Anual de Resíduos Urbanos divulgado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O documento disponibilizado para consulta pública no portal da APA aponta para “um ligeiro aumento na produção” de resíduos urbanos (RU) em 2019, ano em que foram produzidas no território nacional 5,281 milhões de toneladas de resíduos, mais 13 milhões de toneladas do que as 5,213 produzidas em 2018.

Destas, 5,129 milhões de toneladas foram produzidas no continente, enquanto a Região Autónoma dos Açores foi responsável pela produção de 146 milhões de toneladas de resíduos e a Região Autónoma da Madeira por outras 129 milhões de toneladas.

O documento que disponibiliza informação sobre a gestão de resíduos urbanos efetuada em 2019 pelos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) dá nota de “uma estabilização percentual da fração recolhida seletivamente para valorização” face ao total de RU produzidos.

No que respeita ao encaminhamento direto de RU para as operações de gestão verifica-se que, em 2019, 33% foram destinados para aterro, 24% para tratamento mecânico e biológico, 19% para valorização energética, 11% para valorização material, 9% para tratamento mecânico e 2% para valorização orgânica.

Uma tendência que “vai no sentido inverso à estratégia comunitária e nacional para os RU” e que segundo o relatório se deve, entre outros fatores apontados pelos SGRU, ao facto de “os investimentos realizados para ir ao encontro de um aumento da deposição seletiva não terem surtido os devidos efeitos no comportamento da população”.

Relativamente aos destinos finais dos resíduos geridos pelos SGRU, segundo o relatório, continuou a verificar-se uma inversão da tendência de decréscimo da quantidade de RUB depositado em aterro, a qual totalizou, no ano passado, 57,8%, menos um ponto percentual relativamente a 2018.

Tendo por base a metodologia do Eurostat, a informação recolhida dá como destino final de 17,4 % dos RU a valorização energética, seguido da reciclagem (13,1%), da compostagem (8,4%) e de outras valorizações (3,3%).

 Em Portugal operam 23 entidades gestoras de Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos, dos quais 12 são multimunicipais1 (11 que integram a EGF (Empresa Geral do Fomento) e a Braval), as quais gerem cerca de 66% dos RU produzidos, e 11 são intermunicipais.

O relatório, agora divulgado, visa retratar o desempenho alcançado em 2019, quer a nível nacional, quer por cada um dos 23 SGRU existentes em Portugal continental, no cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2020 (PERSU 2020).





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