Praia da Fuseta precisa de intervenção urgente para ser utilizada no verão



A praia da Fuseta, no concelho de Olhão, necessita de uma intervenção de emergência para repor 150 mil metros cúbicos de areia e garantir o seu usufruto na época balnear, admitiu ontem a ministra do Ambiente.

“Precisamos mesmo de justificar a abertura de um concurso de emergência para que [a obra] esteja pronta no início da época balnear”, disse Maria da Graça Carvalho, durante uma visita a esta praia na Ria Formosa, no distrito de Faro.

A governante esteve hoje na praia da Fuseta, no âmbito de uma visita técnica da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para “ver os danos causados” pelas últimas tempestades que fustigaram a costa algarvia.

A necessidade de justificar a abertura de um concurso público em regime de emergência para injetar areia na praia visa, segundo a ministra, evitar um concurso internacional normal “que pode atrasar e não dar tempo” que a obra fique concluída para o verão.

“Sem uma intervenção de emergência, vai ser difícil termos isto pronto para a época de praia. Do que foi visto hoje e das opiniões dos técnicos que estão connosco, temos mesmo justificação para avançar”, apontou.

A intervenção inclui dragagens e a injeção de cerca de 150.000 metros cúbicos de areia, para recuperar uma extensão de 600 metros de praia com 30 metros de largura.

O financiamento necessário já está assegurado e foi transferido para a Agência Portuguesa do Ambiente, entidade responsável por conduzir o processo, afirmou a ministra.

Maria da Graça Carvalho admitiu também a necessidade de intervir para resolver problemas que envolvem todas as ilhas-barreira da Ria Formosa e noutros locais da costa, algarvia para combater a erosão costeira.

Segundo a titular da pasta do Ambiente, neste momento decorre o concurso para uma intervenção entre Quarteira e Vale do Garrão, no concelho de Loulé, numa extensão de 6,6 quilómetros, com um custo de 14 milhões de euros.

As obras em Quarteira têm já “o Estudo de Impacto Ambiental positivo, existindo uma questão que está a ser ultimada, que é a licença do património, para se poder arrancar com as obras”, explicou a ministra.

Em fase mais adiantada, indicou, está a intervenção na Praia do Vau, no concelho de Portimão, decorrendo neste momento a fase de abertura das propostas para as obras estimadas em dois milhões de euros.

As obras para combater a erosão na costa algarvia são financiadas por fundos comunitários, através do Programa Operacional Sustentável, concluiu.






Notícias relacionadas



Comentários
Loading...