Presidente de Cabo Verde quer ser “descobridor” para ajudar a conhecer arquipélago
O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, enalteceu hoje a riqueza do país e disse que pode ser um “descobridor” para ajudar a conhecer todos os cantos do arquipélago.
“Cabo Verde ainda tem muito de inédito, é preciso redescobrirmos Cabo Verde e o Presidente da República pode ser um descobridor para mostrar a Cabo Verde toda a riqueza do país”, afirmou o chefe de Estado, após visitar a reserva dos ilhéus Rombo, mais concretamente o Ilhéu de Cima, o maior de um grupo de cinco ilhéus que ficam entre as ilhas do Fogo e da Brava.
Constatando que a reserva constitui uma “grande descoberta” e uma “grande riqueza”, o mais alto magistrado da Nação defendeu que todos os cabo-verdianos deviam conhecer as ilhas e os ilhéus.
“Temos de começar a falar de Cabo Verde em toda a sua dimensão e toda a sua riqueza, as 10 ilhas e todos os ilhéus, que constituem um património riquíssimo de Cabo Verde”, reforçou.
Os ilhéus Rombo ou ilhéus Seco situam-se a oito quilómetros a noroeste da ilha Brava, a mais pequena e a mais a sul do arquipélago de Cabo Verde, e a 15 quilómetros a oeste da vizinha ilha do Fogo, classificados como reserva natural protegida.
Com a deslocação à Reserva Natural Integral dos Ilhéus Rombo e de Cima, José Maria Neves foi constatar no local o estado de conservação dessa área protegida que preserva uma significativa fauna e flora endémica e em vias de extinção.
O chefe de Estado fez uma visita ao acampamento da campanha de preservação das tartarugas, periodicamente desencadeada pelo Projeto Vitó, uma associação ambientalista criada após o salvamento de uma tartaruga há mais de uma década.
Em outubro de 2021, a associação, liderada por Herculano Dinis, recebeu do então Presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca a medalha de mérito do país, pelo contributo e trabalho ambiental e social.
Ainda também na Colónia de Rabo-de-Junco, José Maria Neves participou numa campanha de limpeza das praias de nidificação das tartarugas marinhas, abraçando as ações de preservação e conservação ambiental levadas a cabo pela organizações não-governamentais e outros atores sociais.
Numa comunicação divulgada pela Presidência da República, o chefe de Estado sublinhou o “grandioso trabalho” do Projeto Vitó, realizado nos locais em parceria com várias outras ONG.
“Estão a fazer um trabalho absolutamente missionário para proteger as espécies”, enfatizou, insistindo na necessidade de mostrar, mas também de preservar todas as riquezas do país.
Os ilhéus fizeram parte da agenda de uma visita do Presidente da República à ilha do Fogo, com foco na ação ambiental e climática, no quadro das ações em curso integradas na Década do Oceano.