Programa Resineiros Vigilantes com 26 equipas este ano



O programa “Resineiros Vigilantes 2021”, protocolado hoje na Tapada de Mafra, vai contar com uma dotação de 759 mil euros, até 2025, e 26 equipas de vigilância no âmbito dos incêndios florestais em todo o país.

O protocolo, assinado hoje entre o Instituto da Conservação da Natureza e da Florestas (ICNF) e a Resipinus – Associação de Destiladores e Exploradores de Resina, visa a colaboração dos resineiros na vigilância da floresta contra incêndios, numa ação que o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, acredita que contribuirá para chegar a 2025 com “uma área florestal de pinheiro mais produtiva”.

O programa, apresentado pelo vice-presidente do ICNF, Paulo Salsa, vai contar com uma dotação de 759 mil euros para os próximos quatro anos, dos quais 99 mil euros serão aplicados este ano. Nos anos subsequentes o valor sobe para 165 mil euros anuais.

A verba atribuída ao programa vai permitir a criação de 26 equipas de vigilância, envolvendo 21 entidades e abrangendo 71 freguesias do país.

Os resineiros são assim “incluídos no modelo de gestão rural”, uma vez que, para além da vigilância exercida por estes profissionais, a atividade contribui para “uma diminuição da carga de combustível”, afirmou Paulo Salsa.

A importância do setor da resina foi durante a cerimónia sublinhada pelo ministro do Ambiente, lembrando que a par com o calçado e os têxteis a resinagem foi integrada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nas medidas referentes à Bio-economia.

O setor vai movimentar investimentos na ordem dos 33 milhões de euros, dos quais 17,5, milhões de euros “dirigidos a um projeto integrado onde se inserem projetos de investigação, desenvolvimento e inovação”, referiu o vice-presidente do ICNF.

Outros 15,5 milhões de euros serão aplicados em ações dirigidas à gestão florestal e ao apoio à fileira da resina natural, onde se inclui o programa “Resineiros Vigilantes 2021”.

A verba inclui ainda um investimento de 3.345.000 euros na aquisição de materiais para a atividade do resineiro (como alfaias agrícolas e viaturas equipadas para vigilância), 350 mil euros para a reabilitação de um edifício público para a instalação da Academia do Resineiro (na Marinha Grande); 100 mil euros para a realização de um estudo sobre o potencial de resinagem no país e, por último, um investimento de 10.746 mil euros na beneficiação de povoamentos de pinheiro bravo em áreas prioritárias para a resinagem.

O Programa “Resineiros Vigilantes” resulta de um projeto-piloto iniciado em 2019 para promover a vigilância por equipas de resineiros em áreas de floresta, em períodos críticos de alerta.

No primeiro ano contou com 18 equipas que realizaram 42 dias de vigilância. Em 2020 aumentou para 26 equipas e mais de 50 dias de vigilância em que, segundo a Resipinus, foram efetuados mais de 12 primeiros alertas de incêndio que permitiram a mobilização de meios operacionais de primeira intervenção.





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