Projeto da FCT NOVA cria ferramentas para “um maior apoio à tomada de decisão no combate a incêndios rurais”



O projeto foRESTER da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA) foi criado para desenvolver “ferramentas tecnológicas que permitam um maior apoio à tomada de decisão no combate a incêndios rurais”. Assim, as entidades responsáveis podem “otimizar a colocação de meios técnicos e humanos nos locais mais adequados, para o combate a incêndios de uma forma mais rápida e eficiente, impedindo assim a sua evolução e propagação”.

Suportado por uma equipa constituída por investigadores oriundos de diversas áreas do saber, a execução do projeto contou também com a colaboração de várias entidades, entre elas a Câmara Municipal de Mação, a Direção-Geral do Território, o Instituto Superior de Agronomia, o laboratório CESAM da Universidade de Aveiro, da NOVA-IMS, e do Instituto de Telecomunicações, em Lisboa.

Projeto foRESTER da FCT NOVA

Com a investigação realizada, relatam os especialistas, “as componentes técnicas do sistema MACFire, projeto pioneiro a nível nacional, desenvolvido pela Câmara Municipal de Mação há mais de 10 anos, serão reforçadas com as ferramentas desenvolvidas, o que viabilizará a obtenção de informação fidedigna sobre o território e ajudar na tomada de decisões com menor incerteza”.

Luís Bica Oliveira, docente da FCT NOVA e coordenador do foRESTER, salienta, em comunicado, que “todos os anos o território português é palco de diversos incêndios que, infelizmente, devastam sobretudo o interior do país”. Por essa razão, este projeto, apesar de não ser “uma solução definitiva”, poderá ser “um passo determinante para conseguirmos combater os incêndios com todo o material tecnológico e intelectual à nossa disposição, sobretudo tendo em conta que se estima, nos próximos anos, um agravamento das alterações climáticas”.

Entre as inovações trazidas por este projeto português, os especialistas destacam, por exemplo, a criação de um nó terminal multi-sensor de baixo custo, que utiliza uma interface eficiente em termos energéticos.

“Uma das grandes mais-valias deste nó multi-sensor é a possibilidade de aceder a imagens avançadas para analisar frentes de fogo e comunicações periódicas com o sistema de apoio à decisão”, detalham, acrescentando que “a existência de sensoriamento em tempo real é necessária para simular a propagação do incêndio, especialmente para o caso da aceleração rápida que ocorre com incêndios extremos”.

Outra das valências distintivas do foRESTER é a capacidade de mapeamento da ocupação do sol e o processamento de imagens por satélite, sendo que esses mapas podem ser “utilizados pelo simulador de propagação de incêndios” e fornecer “imagens de satélite atualizadas com uma melhor resolução”.

O projeto compilar dados para a realização de “previsões da propagação de incêndios em quase tempo real, o que pode apoiar na tomada de decisões mais acertadas para a supressão de incêndios, com o fornecimento de mapas simples da probabilidade da evolução esperada nos incêndios florestais”.

Os investigadores da FCT NOVA acreditam que “protótipo do sistema desenvolvido no âmbito do foRESTER permite uma fusão de dados otimizada, métodos de alerta precoce e consulta e análise de histórico, técnicas fundamentais para apoiar a interação entre operacionais no terreno e a própria tomada de decisão durante o processo de supressão de incêndios”.





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