Projeto-piloto em Parques Naturais atinge 30 mil observações em foto-armadilhagem



Um projeto-piloto de monitorização de mamíferos carnívoros e ungulados nos Parques Naturais do Montesinho, Douro Internacional e Alvão e no Parque Nacional da Peneda Gerês atingiu as 30 mil observações. Os dados de monitorização foram obtidos com imagens colhidas por câmaras de deteção de movimento ou de foto-armadilhagem. A iniciativa desenvolvida pelas equipas do ICNF desde 2021 assenta num conjunto de 200 pontos de observação onde estão colocados os dispositivos, foi divulgado em comunicado.

Segundo a mesma fonte, os elementos obtidos estão armazenadas em base de dados do ICNF e servem o propósito de “monitorizar a presença de mamíferos selvagens protegidos e das suas presas. Os dados deverão permitir a médio e longo prazo estimar a evolução de densidades de espécies protegidas”.

Além disso, “vão facilitar o entendimento sobre a evolução dos padrões de uso do território. Complementarmente, o equipamento usado recolhe informação acerca de ameaças à conservação da fauna, tais como a presença de espécies exóticas invasoras ou de cães e gatos errantes, em habitats naturais de áreas protegidas”.

Os objetivos definidos para o referido programa de monitorização incluem:

– a elaboração  , teste e estabilização de uma metodologia de monitorização de longo termo para mamíferos carnívoros e ungulados em áreas protegidas, com alargamento posterior a todas as áreas classificadas;
– o desenvolvimento e teste de plataformas interoperacionais, de armazenamento, análise, divulgação e partilha de dados de monitorização de fauna;
– a construção de processos de recolha e aproveitamento de dados ad hoc de presença e reprodução de mamíferos de fontes diversas e de esforço não regular: capazes de completar informação sobre espécies protegidas e contribuir para orientar censos nacionais de espécies prioritárias.

“Espera-se que a longa duração do programa, facilite a recolha permanente de informação atualizada das espécies de mamíferos carnívoros e ungulados nas áreas protegidas. E na sequência estimar abundâncias relativas por espécie, acompanhando a sua evolução no tempo e no espaço. Desse permitirá ainda conhecer o estado de conservação de populações de espécies protegidas e ameaçadas”, sublinha a nota.

O projeto “dá cumprimento direto aos objetivos de missão do ICNF, como autoridade nacional de conservação da natureza, ou seja a atualização contínua de conhecimento sobre o património natural, neste caso fauna, e sua evolução no espaço e no tempo”, conclui.





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