Qatar investe em tecnologia climática no Reino Unido
O Qatar vai investir um bilião de libras (pouco mais de 1,2 bilião de euros) em tecnologia climática no Reino Unido, anunciou hoje o Governo britânico, em comunicado.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o emir do Qatar, xeque Tamim bin Hamad al Thani, vão ratificar este acordo sobre energias limpas num encontro durante o dia em Downing Street, no âmbito da visita de Estado do emir a Londres.
A empresa britânica de engenharia, defesa e energia Rolls-Royce irá beneficiar principalmente do investimento anunciado pelo Qatar para apoiar projetos “que melhorem a eficiência energética, apoiem novos combustíveis sustentáveis e reduzam as emissões de carbono”, indicou, na mesma nota.
O investimento vai também ser canalizado para novas empresas do Reino Unido e do Qatar centradas na “eficiência energética, gestão do carbono e energia verde”.
A procura pelo Qatar e pela Rolls-Royce “destas oportunidades no domínio da tecnologia climática é um passo importante na ambição de [o país] se tornar numa superpotência de energia limpa e mais uma prova de que o Reino Unido é um dos melhores locais do mundo para as empresas desenvolverem estas tecnologias”, afirmou Starmer, na nota.
Também o ministro das Empresas e do Comércio britânico, Jonathan Reynolds, afirmou que o aumento do investimento é uma “missão central” do governo trabalhista e descreveu o acordo do Qatar com a Rolls-Royce como “um enorme voto de confiança” no Reino Unido.
A parceria entre os dois países deverá criar milhares de postos de trabalho “altamente qualificados” ao longo do período de vigência e impulsionar a criação de centros de tecnologia climática de vanguarda mundial no Reino Unido e no Qatar para “acelerar o desenvolvimento de tecnologias respeitadoras do clima”.
Este investimento vai marcar também o início de uma “relação florescente” entre os dois países, além de reforçar os laços noutras áreas da ciência e da tecnologia.
O Reino Unido e o Qatar divulgaram planos futuros para criar uma Academia de Medicina Genómica, bem como uma comissão conjunta de inquérito sobre o potencial da inteligência artificial para impulsionar o crescimento económico e tornar os serviços públicos mais eficientes.