Ratos do futuro podem vir a ter o tamanho de ovelhas



Pode parecer o cenário de um filme de ficção científica, mas de acordo com um investigador da Universidade de Leicester, em Inglaterra, os ratos do futuro podem vir a ser do tamanho de ovelhas ou mesmo maiores se os ecossistemas assim o permitirem.

Este cenário pode tornar-se realidade uma vez que os ratos são animais bastante adaptáveis, podendo rapidamente tirar partido da extinção futura de grandes mamíferos. “Os animais vão evoluir, com o tempo, para qualquer forma que lhes permita sobreviver e produzir descendentes”, afirma Jan Zalasiewicz, geólogo da Universidade de Leicester, citado pelo Mirror.

“Por exemplo, no Período Cretáceo, quando os dinossauros habitavam o planeta, existiam mamíferos, mas eram muito pequenos, do tamanho de ratos e ratazanas, porque os dinossauros ocupavam os maiores nichos ecológicos”, indica. “Assim que os dinossauros ficaram fora do caminho, estes pequenos mamíferos puderam evoluir para muitas formas diferentes, incluindo algumas muito grandes e impressionantes: cavalos, mastodontes, mamutes, rinocerontes e outros”.

“Com tempo suficiente, os ratos e ratazanas podem provavelmente atingir o tamanho de uma capivara, o maior roedor do mundo actualmente vivo, que pode atingir os 80 quilos”. Caso o eco espaço livre deixado pelos mamíferos entretanto extintos for suficiente, os ratos podem alcançar dimensões ainda maiores. O maior roedor conhecido, que já está extinto, era o Josephoartigasia monesi, viveu no Período Pliocénico, há cerca de quatro a dois milhões de anos na região do actual Uruguai.  Este roedor era do tamanho de um hipopótamo, com cerca de três metros de comprimento e 1,5 metros de altura, chegando a pesar uma tonelada.

Um cenário natural semelhante àquilo que podem vir a ser os ratos do futuro pode ser visto nas “ilhas das ratazanas” – regiões isoladas onde os ratos introduzidos pelos humanos reproduziram-se rapidamente até se tornarem a espécie dominante.

O gigantismo é uma reposta evolucionária que ocorre quando uma pequena criatura ocupa um nicho ecológico deixado uma espécie maior.

Foto:  cobblucas / Creative Commons





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