Reciclagem de madeira aumentou no ano passado mas reduziu no papel, segundo centro Pinus
A reciclagem de resíduos de madeira aumentou no ano passado relativamente a 2022 mas reduziu no papel, indicam dados da fileira do pinho, que indicam terem sido recicladas 406 mil toneladas de resíduos.
A propósito do Dia Internacional da Reciclagem, que se assinala esta sexta-feira, o centro Pinus explica, em comunicado, que em 2023 a fileira do pinho reciclou 312 mil toneladas de resíduos de madeira e 194 mil toneladas de papel.
“A reciclagem de papel e madeira impulsionada por empresas da fileira do pinho contribui para alcançar as metas nacionais e para colmatar o défice de madeira de pinho”, assinala o Centro Pinus, uma associação para a valorização da floresta de pinho.
Apesar de uma redução de 8% da reciclagem no papel, o Centro salienta que a tendência dos últimos anos “é um aumento acentuado da incorporação de reciclados no fabrico de novos produtos derivados do pinheiro-bravo.
Como exemplos da bioeconomia circular o Centro fala da empresa que é o maior reciclador nacional de papel a DS Smith Paper Viana, e fala também da “evolução notável” no setor dos painéis de madeira, nomeadamente a Sonae Arauco e o grupo Finsa.
O papel recuperado, explica, é proveniente de resíduos sólidos urbanos (ecopontos), grandes superfícies e empresas de produção de cartão.
Em Portugal, recuperam-se cerca de 800.000 toneladas de papel usado por ano e cerca de 200.000 toneladas são consumidas na DS Smith Viana.
Responsáveis das duas empresas de painéis de madeira dizem, citados no documento, que deverão aumentar os níveis de incorporação de madeira usada nos produtos.
Citando a Agência Portuguesa de Ambiente, o Centro Pinus diz que se estima que pelo menos 53% da madeira que chega ao circuito de resíduos urbanos (aproximadamente 64.628 toneladas), seja depositada em aterro ou queimada em centrais de valorização energética.
E acrescenta: “No futuro, esta realidade terá de mudar radicalmente e estas empresas serão um dos catalisadores dessa mudança”.
O Centro Pinus foi criado em 1998 para promover a importância ambiental, social e económica do pinheiro-bravo na floresta portuguesa.
A associação reúne os principais intervenientes da fileira do pinho, incluindo representantes da produção florestal, dos prestadores de serviços, das indústrias, da administração pública, do ensino superior e do setor financeiro.
O Dia Internacional da Reciclagem destina-se a sensibilizar para a necessidade de proteção do ambiente e foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).