Reino Unido: funerais verdes cresceram 40% em dois anos



O sector dos funerais verdes cresceu 40% entre 2009 e 2010, de acordo com o The Natural Death Center, uma instituição sem fins lucrativos que cataloga 260 estabelecimentos que realizam enterros com caixões biodegradáveis e que não utilizam campas de cimento.

A consciencialização dos britânicos para os temas da sustentabilidade não passa ao lado dos funerais, que respondem cada vez mais a regras de sustentabilidade. Aqui, pedras, lápides ou os convencionais caixões estão fora de hipótese. No caso destes últimos, a madeira é quase sempre importada e, como o corpo humano leva entre sete a dez anos para se decompor, o formol usado polui os lençóis freáticos perto do cemitério.

Também a cremação é altamente inimiga da natureza, apesar de ser a preferida das pessoas – 70% dos britânicos prefere ser cremado. Este método é responsável por quase um quinto de toda a emissão de mercúrio do Reino Unido, uma poluição que termina no ar e nos mares. Por outro lado, cada cremação liberta entre 200 a 400 kgs de gases com o efeito de estufa para a natureza.

Entre as soluções ecológicas está o enterro num parque ou floresta – há já 200 áreas específicas, no Reino Unido, para este fim. Há também empresas que vendem caixões biodegradáveis, feitos à mão, que usam madeira certificada e maizena e põem de lado os plásticos, colas e metais.

Há ainda caixões com madeira certificada e casca de banana. Em bambu, vime ou mesmo papelão.

Outras soluções são mais ousadas e criativas. Uma empresa escocesa faz a liquefação do corpo ou hidrólise alcalina. Assim, este é dissolvido em água quente a uma temperatura de 180 graus, o mesmo processo utilizada com o gado contaminado com a doença das vacas loucas.

Este método – que ainda é rejeitado por muitas famílias, compreensivelmente – reduz em um terço a libertação de gases com efeito de estufa, quando comprado com a tradicional cremação, e usa um sétimo da energia.

Finalmente há também duas empresas que oferecem um enterro no mar, que é considerado ecológico porque não ocupa espaço em terra. Mas este é um método caro, porque exige passar por várias regras, para que o corpo não acabe numa praia, por exemplo.





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