Reino Unido vai ter notas de plástico em 2016
Desde que tomou posse este ano, Mark Carney, o governador do Banco de Inglaterra (BoE, na sigla inglesa) está a revolucionar os costumes conservadores da entidade monetária do Reino Unido. A primeira mudança significativa foi uma alteração nas políticas monetárias da instituição e a segunda vai ser a introdução de notas de plástico já em 2016.
Daqui a dois anos, os britânicos vão passar a manusear notas de £5 de plástico, sendo que no ano seguinte será introduzida a nota de £10. A figura escolhida para a nota de £5 foi o antigo primeiro-ministro Winston Churchill. Jane Austen será a figurante da nota de £10.
As novas notas de polímeros, que vão substituir assim as seculares notas de papel, feitas a partir de fibra de algodão e linho, “combinam o melhor do progresso e da tradição”, afirmou o Carney, sublinhando que o processo é “uma evolução natural”, cita o Financial Times.
Actualmente, mais de 20 países já adoptaram as notas de polímeros. O Canadá foi um deles, que adoptou as novas divisas durante o período em que o actual governador do BoE esteve à frente do banco central do Canadá. A Austrália é outro dos países que já usa notas de plástico, introduzidas em 1988. Outros países, como a Zâmbia ou a Nigéria também já adoptaram as notas.
As notas coloridas de £5 substituíram as notas brancas do mesmo valor da década de 1950 e a figura do monarca foi introduzida em 1960, quando a rainha Isabel II passou a figurar nas notas de £1. A introdução de figuras da história britânica começou com William Shakespeare na década de 1970.
Mais seguras e amigas do ambiente
Segundo o governador, as novas notas de polímero vão ser mais seguras e mais amigas do ambiente do que as tradicionais notas de papel. “As notas vão ser mais seguras contra a falsificação e mais resistentes aos danos, ao mesmo tempo que celebram a história e tradição é tanto importante para o Banco como para a nação”, afirmou Carney numa conferência de imprensa na sede do BoE. As novas notas devem ser suficientemente resistentes para sobreviver a uma lavagem na máquina.
Uma contrapartida da sua introdução é que a produção inicial vai ser mais cara. Porém, a maior durabilidade significa que a sua emissão vai ser mais barata. Uma durabilidade maior traduz-se em menos recursos utilizados e menos desperdício de material para a produção.
Maioria dos britânicos aprova notas de plástico
O BoE anunciou a intenção de introduzir as notas de plástico em Setembro e, desde então, tem feito vários inquéritos aos britânicos no sentido de perceber se as novas notas vão ser bem acolhidas. Foram inquiridas cerca de 13 mil pessoas. Do total da amostra, 87% mostrou-se a favor das notas de polímeros, 6% opôs-se e 7% é indiferente, segundo os dados recolhidos pelo Banco, refere a BBC.