Reunião da ONU vai debater multilateralismo para enfrentar crises ambientais



A 6.ª Assembleia da ONU para o Ambiente (UNEA-6), o principal órgão de decisão ambiental do mundo, vai debater na próxima reunião, no Quénia, o multilateralismo como solução para as crises ambientais mundiais, anunciaram ontem os organizadores.

A reunião, que decorrerá entre 26 de fevereiro e 01 de março, juntará “mais de 70 ministros e 3.000 delegados” no complexo das Nações Unidas em Nairobi, com o objetivo de “moldar a política ambiental global”, afirmou em conferência de imprensa, na capital do Quénia, Inger Andersen, diretora executiva do Programa da ONU para o Ambiente (PNUA).

“A UNEA-6 promoverá uma ação unida, inclusiva e multilateral, que abordará cada aspeto da tripla crise global como um desafio indivisível”, acrescentou Andersen.

A dirigente admitiu que a UNIA-6 “não resolverá os problemas do mundo de um dia para o outro”, mas unirá os países “sob a bandeira da ação ambiental” e centrará “as mentes e as energias em soluções-chave para a tripla crise global”.

Os Estados-membros apresentaram cerca de 20 projetos de resolução para debate sobre questões como os pesticidas altamente perigosos, o combate às tempestades de poeira e de areia ou a gestão dos resíduos químicos.

Um número indeterminado de chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente do Quénia, William Ruto, também participará no segmento de alto nível, disse na conferência de imprensa a ministro do Ambiente, das Alterações Climáticas e das Florestas do Quénia, Soipan Tuya.

A Assembleia irá debater aquilo a que o PNUA, com sede em Nairobi, classifica como “tripla crise global”, nomeadamente: a crise das alterações climáticas, a crise da perda da natureza e da biodiversidade e a crise da poluição e dos resíduos.

O segmento de alto nível realizar-se-á entre 29 de fevereiro e 01 de março e abordará o tema da reunião: “Ação multilateral eficaz, inclusiva e sustentável para fazer face às alterações climáticas, à perda de biodiversidade e à poluição”.

O segmento consistirá numa sessão plenária de abertura com intervenções de dignitários e declarações nacionais, entre outros eventos.

Numa reunião plenária de encerramento, a UNEA-6 deverá adotar uma declaração ministerial e pronunciar-se sobre as resoluções acima referidas.

Soipan Tuya manifestou a esperança de que a UNEA-6, sob a presidência rotativa de Marrocos, “melhore as soluções para a tripla crise global das alterações climáticas, da perda de biodiversidade e da poluição”.

A 5.ª Assembleia da ONU para o Ambiente (UNEA-5) fez história em 2022, em Nairobi, com a adoção de uma resolução para iniciar a negociação do primeiro tratado global contra a poluição por plásticos.





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