Ria Formosa: cavalos marinhos estão em perigo



O alerta foi feito por cientistas do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), há mais de dez anos a estudar os cavalos marinhos na Ria Formosa. Os investigadores dizem que esta espécie tem sofrido grande decréscimo nos últimos anos e reforçam que são necessárias medidas para proteger os seus habitats.

Como causas prováveis para esta situação os biólogos do CCMAR apontam a pesca directa ou acessória, poluição e actividades lúdicas na Ria Formosa. E há espécies mais susceptíveis do que outras, caso do Hippocampus hippocampus e o H. guttulatus que mostram já sinais de “elevada susceptibilidade a factores disruptivos, como sejam as alterações do habitat e a sobre-exploração”. O meio ambiente e a influência humana provocam assim impacto numa espécie já de si sensível pela sua baixa mobilidade, reduzida capacidade de dispersão e baixa fecundidade.

Dada a vulnerabilidade destas espécies, o CCMAR revela crescente preocupação com o assunto e tem desenvolvido acções de sensibilização e educação ambiental junto das populações locais. Os cientistas estão também a desenvolver ferramentas não invasivas para estudos de abundância e projectos para promoção do aumento da complexidade de habitats, através da criação de estruturas artificiais.

Para o futuro, estuda-se a possibilidade de propor a inclusão das duas espécies de cavalos marinhos na Convenção de Berna (ou Convenção sobre a Vida Selvagem e os Habitats Naturais na Europa) que vai brevemente ser revista pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Foto: Creative Commos via Tati Camargo 





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