Risco de escassez de bens alimentares “não está em cima da mesa”, garante CONFAGRI
A CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal esteve presente esta segunda-feira na primeira reunião do Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Setores Agroalimentar e de Retalho em Virtude das Dinâmicas de Mercado. Estiveram presentes o Ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, e o Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado.
Embora tivesse sido levantada a hipótese de vir a existir uma escassez de bens alimentares nos principais canais de distribuição, a organização revela que “esse risco não está em cima da mesa”. Por outro lado, existem algumas situações emergentes com que o setor começa enfrentar, mais propriamente na parte da distribuição, da produção e da aquisição dos próprios equipamentos agrícolas.
“No que diz respeito à distribuição, uma vez que o setor dos transportes está a ser fortemente condicionado, não só pela falta de mão-de-obra, mas também pelo agravamento do custo dos combustíveis, questão que está longe de ser resolvida”, explica primeiramente a CONFAGRI. Seguem-se “os custos da energia, adubos, pesticidas, mão-de-obra e outros fatores de produção estão a esgotar a tesouraria dos agricultores, uma vez que estes não conseguem refletir nos preços finais os agravamentos de custos com que estão a ser confrontados”. Por último, “apesar da aprovação das candidaturas à renovação do parque de tratores, não existe oferta destes equipamentos no mercado devido à rutura de stocks que se está a generalizar um pouco por toda a europa”, finaliza. Neste último ponto, a solução passaria pelo alargamento dos prazos do concurso.
Dentro de quinze dias, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação irá reunir-se novamente para fazer um novo ponto de situação.