Rui Almeida, Havas: “Os consumidores querem participar nas iniciativas de sustentabilidade”



Os consumidores estão cada vez mais activos nas iniciativas de sustentabilidade, que irão continuar a partir das empresas, mas que encontrarão, agora, um cidadão cada vez mais informado e que quer participar activamente nesta mudança de mentalidades.

Esta foi uma das principais ideias defendidas hoje ao final da tarde, no ISEG, por Rui Almeida, research director da Havas Media, durante o debate sobre os desafios da sustentabilidade para a gestão. “Os consumidores querem participar nas iniciativas de sustentabilidade”, defendeu, explicando ainda que a agência de meios do grupo homónimo está a tentar “levar as marcas a utilizar a sustentabilidade” como uma mais-valia.

“A sustentabilidade tem de ser um diálogo, e há uma oportunidade para que os consumidores não sejam apenas espectadores”, continuou.

Respondendo directamente a uma pergunta do moderador do debate, Rui Almeida nomeou dois meios que têm mais capacidade para comunicar sustentabilidade. O primeiro é o digital, pela lógica de diálogo com os stakeholders e pela facilidade em criar comunidades; e os chamados meios indirectos, que geram a confiança com o consumidor mas onde as marcas não têm capacidade de intervenção. Um exemplo destes meios indirectos são os colaboradores e funcionários de uma empresa.

Rui Almeida – que fez parte de um painel moderado pelo presidente da GCI, José Manuel Costa, e onde participaram também a directora de marketing e comunicação da Toyota, Paula Arriscado e Neves de Carvalho, da EDP – revelou ainda que, este ano, a Havas Media irá trazer para Portugal o Brand Sustainable Futures, um projecto que tentará perceber e moldar o complexo e corrente debate sobre a relação entre marcas, consumidores e publicidade, neste mundo cada vez mais consciente da sustentabilidade e responsabilidade social.

Para o final, Rui Almeida deixou uma das ideias mais fortes da conferência. O responsável disse que a sustentabilidade já não é uma opção mas uma inevitabilidade para as marcas e empresas. “É como as redes sociais. As marcas já não podem decidir se querem lá estar ou não, elas são comentadas pelos consumidores, mesmo que lá não estejam”, afirmou.

Amanhã publicaremos mais conteúdos sobre esta conferência do ISEG. Fique connosco.





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