S. João da Madeira reduz iluminação e baixa temperatura das piscinas

A Câmara de São João da Madeira anunciou hoje uma série de medidas destinadas a poupar energia, entre as quais a redução da iluminação na via pública e em edifícios municipais, e a diminuição de temperatura em piscinas aquecidas.
O despacho da Câmara Municipal que obriga a essas mudanças entrou em vigor no sábado e visa o que o presidente dessa autarquia do distrito de Aveiro define como decisões necessárias para fazer face aos constrangimentos orçamentais decorrentes do aumento do custo do gás e eletricidade, e prevenir “eventuais disrupções futuras” no abastecimento desses recursos.
“Estamos a atravessar uma crise energética gravíssima, que tem consequências muito severas para o orçamento das famílias, do setor público e das empresas, e para o funcionamento normal da economia e da sociedade. Por isso assinei o despacho destinado aos serviços do município, com um conjunto de novas orientações para poupança de energia”, revelou Jorge Vultos Sequeira à Lusa.
O autarca socialista lembra que a Câmara de São João da Madeira já vinha atuando de acordo com essas preocupações de sustentabilidade energética ainda antes da situação gerada pela guerra na Ucrânia, nomeadamente procedendo à substituição de sistemas de iluminação tradicionais por luminárias LED na via pública e em edifícios municipais, reduzindo a presença de luz em chafarizes e lagos, e melhorando as condições térmicas do seu parque habitacional.
Essas medidas refletem os princípios do Plano de Transição Energética no âmbito do qual a autarquia está a preparar as primeiras cooperativas comunitárias de energia no país.
No imediato, contudo, o despacho expressa outras prioridades, como a desativação às 22:00 da luz pública que decora fachadas e interiores de edifícios camarários, e a regulação da temperatura da água em piscinas municipais interiores para um máximo de 26 graus e, em balneários e sistemas sanitários, para valores inferiores a 36 graus.
Outros comportamentos de poupança agora em vigor são apagar a iluminação de logradouros de escolas assim que essas sejam encerradas e antecipar para as 23:00 o desligar das luzes no Parque do Rio Ul e no Jardim da Cidade.
Em termos menos concretos, mas também expressa no despacho, está a determinação de que todos os funcionários municipais devem proceder ao “controlo e contenção de custos no uso de iluminação e equipamentos elétricos”, bem como que os serviços responsáveis também devem sujeitar a critérios de poupança energética o mapa e calendário das luzes natalícias.
No mesmo documento, a Câmara requer ainda que a Divisão de Recursos Humanos emita até ao dia 27 de outubro uma proposta sobre a viabilidade da “adequação dos horários de trabalho com vista a permitir a redução dos consumos de energia nos edifícios municipais”.
Jorge Vultos Sequeira espera que o exemplo do município seja replicado a outros níveis e deixa o apelo: “Que todas as pessoas e entidades públicas e privadas do nosso município adotem atitudes responsáveis de consumo de energia, poupando cada vez mais”.