Sábado é dia de observações astronómicas no Festival de Ciência

Os telescópios estão prontos para uma das atividades noturnas do Oeiras Valley Science Festival. Amanhã, a partir das 22h15, o Festival desafia miúdos e graúdos a olhar para o céu, com o intuito de “descobrir” planetas e estrelas, numa atividade gratuita (na varanda do restaurante panorâmico do Taguspark), dinamizada pelo Centro de Ciência Viva de Constância e a Counting Stars, foi divulgado em comunicado.
Segundo a mesma fonte, a programação de fim de semana integra também atividades pensadas para toda a família, assim como mais de 30 palestras, plenários e reflexões sobre as várias aplicações da Inteligência Artificial.
Será que a IA pode dinamizar os momentos em família?
Para Álvaro Ferreira, engenheiro informático e especialista em transformação digital, liderança e inovação, a resposta é sim. Por isso mesmo, o também professor da Universidade Católica vai liderar um workshop interativo para inspirar pais e crianças a criar brincadeiras, jogos, desafios e histórias com a ajuda da inteligência artificial. A atividade decorre hoje, sexta-feira, a partir das 14h00, na Estação 4.
Cápsulas do tempo dão mote à reflexão sobre rios e oceanos
Sábado fica também marcado pela exposição/performance “Time Capsule”, entre as 19h30 e as 22h15. Francisca R. Gonçalves – artista e investigadora –, Inês Valle – curadora, escritora e produtora criativa –, Marco Frade – biólogo e consultor –, e James Diamond – artista e criativo, especialista em design 2D e 3D – são os nomes responsáveis pela exposição, estando ainda unidos pelo projeto Bauhaus of the Seas Sails.
Partindo do conceito de cápsulas do tempo, a exposição pretende refletir e sensibilizar para a memória dos rios e oceanos, bem como para a necessidade urgente de preservar as espécies aquáticas. Através de esculturas de gelo cristalino – que preservam peixes e plantas, guardando histórias de ecossistemas em transformação –, a performance vai revelando o fluxo do tempo e a fragilidade dos ciclos naturais, à medida que o gelo vai derretendo. Cada bloco de gelo funciona como um arquivo temporário de espécies vocais provenientes da coleção preservada do Aquário Vasco da Gama.
A exposição completa-se com frequências subaquáticas, gravações de campo e camadas sonoras processadas que criam uma paisagem imersiva, convidando à contemplação e ao questionamento. A IA não ficou de fora, tendo contribuído para a o desenvolvimento da narrativa, projetando possíveis futuros para estas espécies.
Como está a IA a transformar o mundo?
Da saúde e aplicações na medicina e farmacologia, passando pela sustentabilidade e alterações climáticas, até à digitalização nas escolas e transformação dos mercados financeiros. Muito se fala de Inteligência Artificial, mas será que estamos conscientes das suas aplicações passadas, presentes e para o futuro?
Com o intuito de procurar responder a esta e outras questões, a programação do Oeiras Valley Science Festival reúne mais de 80 especialistas em mais de três plenários e conferências, todos de entrada gratuita. Chiara Manfletti – da Neurospace e Universidade Técnica de Munique –, Aldo Oliveira – Gulbenkian Institute for Molecular Medicine –, Marta Pinto – fundadora da AI goes to School – ou o autor Richard Zimler são apenas alguns dos convidados em destaque.
Recorde-se que o Festival tem curadoria de Vítor Cardoso e direção científica de Alexandre Quintanilha, contando com o apoio de vários parceiros. É o caso dos Centros de Ciência Viva (de várias cidades), do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, do NUCLIO, da Novartis, da Science4you, da Universidade Nova de Lisboa, da Atlântica – Instituto Universitário, do IPMA e da LG, entre outros. Mais informações em oeirasvalleysciencefestival.com.