Santa Casa vai recuperar Palácio do Marquês de Tomar
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investir €2,5 milhões nos trabalhos de reabilitação do Palácio Marquês de Tomar, um dos equipamentos que passou recentemente para a posse da instituição e cuja recuperação faz parte de um conjunto de intervenções agendadas para os próximos meses.
No caso do Palácio Marquês de Tomar, para o qual foi já lançado o respectivo concurso público, trata-se de uma área de 2.300 metros quadrados que funcionou como hemeroteca e que passou a integrar o património da SCML, em 2012, através de um protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Lisboa.
Construído na segunda metade do século XIX, este palácio urbano foi mandado edificar pelo político António Bernardo da Costa Cabral, 1º conde e 1º marquês de Tomar – e que deu início a um período da sociedade portuguesa conhecido como Cabralismo.
De planta em L e volumetria paralelepipédica, o edifício tem quatro pisos – um deles parcialmente enterrado e outro ao nível da cobertura – cunhais e soco de cantaria articulados com alçados rasgados a ritmo regular, por vãos predominantemente de verga recta destacada.
O edifício recorre a soluções decorativas que incluem o estuque, o couro, o vidro pintado e colorido, o reboco pintado, o azulejo ou o ferro forjado. Segundo o Construir, o programa de requalificação contempla uma zona de arquivo, de biblioteca, um espaço polivalente para a realização de conferências, de seminários e de apresentação de livros, um espaço multifuncional que sirva diferentes públicos e ainda uma zona residencial para a instalação da comunidade jesuíta.
De entre as intervenções contempladas na empreitada consta a arquitectura, estabilidade, rede de águas, rede de esgotos, rede de gás, instalações eléctricas, ventilação-climatização, instalações de telecomunicações, instalações de segurança e plano de segurança e saúde. O edifício situa-se entre a Rua de São Pedro de Alcântara e a Rua do Grémio Lusitano, na baixa de Lisboa.
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