São Francisco: professor de cerâmica cose roupas de graça (com FOTOS)



No dia 15 de cada mês, Michael Swaine instala-se em Tenderloin, um dos bairros centrais de São Francisco, com a sua antiga máquina de coser. O local escolhido é sempre o mesmo: um beco conhecido por Tenderlin National Forest. E assim é há 12 anos.

Desde 2001, que este professor de cerâmica no Wattis Institute da Faculdade de Artes da Califórnia oferece os seus serviços de costura, de forma gratuita, à comunidade daquele bairro, remendando o que os residentes lhe levarem.

O objectivo de Swaine é criar uma “biblioteca de remendos”, um local onde as pessoas possam “remendar os buracos das suas vidas, emprestar linhas e máquinas de costura e falar sobre a vida”, explica o artista ao Ecountere.

Por detrás da sua máquina de costura portátil, Swaine diz que este contacto com a população lhe permite sair da sua esfera profissional e conhecer novas pessoas, que de outra forma não conheceria. Embora seja visto como um artista social, Michael Swaine insiste que é apenas um cidadão comum, um professor e um “tipo que cose”.

“Não gosto de escolher apenas um rótulo…isso diminui as possibilidades de conversação com os diferentes grupos de pessoas”, afirma Swaine. “Do meu ponto de vista, oferecer este serviço uma vez por mês é um pequeno esforço e há tantas outras pessoas que fazem grandes coisas importantes. O meu pequeno acto é principalmente um gesto e para alguns este gesto significa muito, mas eu penso que a principal importância reside no exemplo da cidadania activa”, conta.

O projecto de Swaine começou em 2001, sob o nome de “Generosity Project” (Projecto Generosidade) com o apoio da Faculdade de Artes da Califórnia. Porém, ao longo dos anos, o conceito foi-se esbatendo e atraindo cada vez mais pessoas, não só aquelas que precisavam de roupas remendadas mas também voluntários, que se ofereciam para ajudar Swaine.

Muitos dos clientes tornaram-se regulares, com o passar dos anos, e gostam de ficar por perto enquanto Swaine lhes remenda as roupas. Muitos nem precisam da roupa remendada, precisam apenas de alguém para falar um pouco, como conta Swaine.

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