Seca atrai pássaros africanos aos Pirinèus
A seca prolongada que afecta desde a passada Primavera os Pirinéus mudou a paisagem da região. Os prados verdes deram lugar à aridez de tal forma que nos últimos meses têm atraído pássaros naturais do continente africano.
Luis Tirado, da SEO-Birdlife, diz que é cada vez mais frequente observar espécies de aves do Magreb e Médio Oriente a nidificar no sudeste da Península Ibérica, nomeadamente no vale do Ebro.
Sobretudo o corredor de Tudela a Tortosa, diz o ambientalista, “sofre um risco alto de desertificação”, logo está a tornar-se atractivo para exemplares de zonas de clima desértico.
Ao mesmo tempo que aparecem a sobrevoar os Pirinéus novas espécies como a andorinha dourada e o elanio azul, algumas das autóctones estão a revelar quebras na sua população, devido a um “êxito reprodutivo menor. Segundo Luis Tirado, o fenómeno explica-se por três motivos: as aves despendem mais energia a procurar zonas com água, encontram menos insectos e sementes para a sua alimentação e ficam mais expostas aos predadores devido à diminuição da mancha de vegetação silvestre.
“Um ano de seca é um ano de perda de biodiversidade”, sublinha Luis Tirado.
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