Secretário de Estado das Florestas quer desempregados a limpar matas
O secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, afirma hoje ao jornal i que os ministérios da Agricultura e do Trabalho estão a trabalhar numa proposta para colocar os beneficiários do rendimento de inserção social e os desempregados a limpar matas.
Enquanto os primeiros poderão fazê-lo como “contraprestação da pensão que recebem do Estado”, os desempregados poderão ver com bons olhos esta solução, sendo que receberiam subsídios para trabalhar na prevenção.
“É possível fazer mais. Pensamos que o recurso a protocolos, como o da Justiça, para usarmos recursos para intervir na floresta, é uma boa medida. O Exército tem condições de se envolver na prevenção e na vigilância. O Ministério do Trabalho e da Solidariedade pode também envolver-se na colocação de desempregados e beneficiários do rendimento de inserção social”, explicou Rui Barreiros ao i.
De acordo com o secretário de Estado das Florestas, o objectivo inicial é conseguir ter “pelo menos mil desempregados ou titulares do rendimento social de inserção a trabalhar na floresta”.
“No caso dos presos, são objecto de uma bolsa que é igual em qualquer trabalho em regime aberto virado para o exterior. É à volta de 20 euros por dia, mais subsídio de almoço. Vão intervir em sete matas nacionais e teremos 50 ou no máximo 55 a trabalhar até final do programa. No caso de desempregados e Exército temos protocolos e queremos envolvê-los mais em actividades de prevenção”, continuou o secretário de Estado das Florestas.
A floresta representa mais de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem contribuído para a internacionalização da economia portuguesa.