Será Kalasatama a cidade do futuro?
Está em marcha um projeto pioneiro na região de Kalasatama, em Helsínquia, Finlândia, para desenvolver uma nova zona da cidade. O objetivo é criar uma rede elétrica inteligente, apoiada em normas industriais, que possa apoiar um sistema elétrico estável, seguro, eficiente e sustentável do ponto de vista ambiental.
Esta rede vai garantir que o excesso de energia proveniente das próprias fontes renováveis na região – como painéis solares ou turbinas eólicas – possa ser introduzido na rede elétrica. Assim, os clientes poderão interagir com o operador da rede e com o mercado da eletricidade, reduzindo os picos de procura e aumentando a eficiência.
Ao mesmo tempo, os moradores da cidade nunca mais ficarão parados atrás de um camião de lixo durante o seu trajeto. Os engenheiros equiparam toda a cidade com um sistema de recolha de resíduos a vácuo, onde os habitantes simplesmente levam o lixo para um contentor e este é aspirado para um centro de tratamento de resíduos subterrâneo.
Outro elemento que economiza tempo é a própria configuração da cidade. Os serviços públicos como as escolas, hospitais e transportes, estão próximos uns dos outros e têm boa acessibilidade. “Mais cinco minutos a caminhar no parque, mais cinco minutos com as crianças antes de sair para o trabalho, chega cinco minutos mais cedo a casa quando não precisa de gastar tempo em logística”, afirma à CNN, Kerkko Vanhanen, diretor do programa Smart Kalasatama.
As casas incorporam painéis solares elétricos, que fazem parte de uma rede de sistema de aquecimento geotérmico. Todas as janelas estão fornecidas com vidros triplos de modo a aumentar a eficiência energética. “A vida será mais fácil por viver na cidade mais funcional do mundo”, acrescenta Kerkko Vanhanen.
No entanto, atualmente apenas 3 500 pessoas vivem em Kalasatama. Em 2030, os responsáveis pelo projeto esperam alojar 25 000 pessoas e criar 10 000 empregos. O objetivo é desenvolver o distrito de modo a que se torne um exemplo de cidade inteligente, demonstrando que um sistema de energias renováveis eólicas e solares pode suportar ambientes urbanos em contínua expansão.