Será possível salvar o Rinoceronte-branco-do-norte da extinção?
No mundo, existem apenas dois exemplares de rinoceronte-branco-do-norte: e as duas são fêmeas e a fertilização in-vitro é a única forma de salvar uma subespécie de rinocerontes em perigo crítico de extinção.
Quando Sudan, o último macho da espécie, morreu aos 45 anos de idade, em março de 2018, a equipa do santuário Ol Pejeta Conservancy, no Quénia, recolheu material genético que tencionava usar para tentativas futuras de reprodução. Para que isso aconteça será necessário que, para além dos óvulos de Najin e do sémen congelado de Sudan, uma fêmea da mais comum subespécie de rinoceronte-branco-do-sul sirva de barriga de aluguer.
Mas os esforços para criar em laboratório embriões viáveis que trariam uma nova esperança à subespécie em extinção estão agora em pausa devido à pandemia de covid-19. “Nós sabemos que o tempo está contra nós”, disse Cesare Galli, um dos especialistas, à Associated Press. Recorde-se que Sudan sofria de complicações relacionadas com a sua idade, nomeadamente alterações degenerativas ao nível dos músculos e ossos e feridas extensas na pele.
O Rinoceronte-branco é o segundo maior mamífero terrestre (a seguir ao Elefante-africano). Reconhecem-se duas subespécies diferentes, o Rinoceronte-branco-do-norte e o Rinoceronte-branco-do-sul, distribuídas por duas regiões distintas em África. Os Rinocerontes-brancos-do-norte são os mamíferos mais ameaçados do mundo. Todos os esforços para conservar esta espécie até à data foram fortemente prejudicados pela ação do Homem, nomeadamente, através da caça ilegal, da guerra civil e da destruição do habitat.