Steve, o fenómeno raro que rasga o céu de violeta e verde



O fenómeno Strong Thermal Emission Velocity, mais conhecido como “Steve”, tem intrigado os cientistas nas últimas décadas. Foi observado pela primeira vez por um grupo de cientistas, no Canadá, que decidiu apelidá-lo desta forma. De acordo com um estudo publicado pela Science Advances, o “Steve” é diferente da tradicional aurora boreal: é uma coluna de luzes violeta, estreita e orientada verticalmente — que se alinha este-oeste –, à qual se junta depois uma cor esverdeada, estendendo-se por centenas ou milhares de quilómetros.

Por se tratar de um fenómeno diferente de uma aurora boreal tradicional e para tentar compreendê-lo, a NASA, em parceria com a Fundação Nacional da Ciência, criou o projeto Aurorasaurus. A plataforma permite que os cidadãos submetam fotografias e relatórios sobre “Steve”, que sejam observados em vários pontos do mundo. Segundo Elizabeth MacDonald, cientista da NASA, o fenómeno pode ocorrer em latitudes mais baixas do que as auroras comuns, oferecendo aos cientistas um vislumbre das interações do campo magnético e da atmosfera superior da Terra.

Enquanto as auroras mais comuns se formam através das partículas de vento solar que são conduzidas em direção à atmosfera pelo campo magnético da Terra, o fenómeno “Steve” é um tipo raro em que os iões se movem de forma inusitada e não no tradicional formato oval. Avistado no Canadá pela primeira vez, um grupo de observadores de estrelas avistou-o recentemente nas ilhas de Skye e Lewis, no norte da Escócia.





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