Suíça opta em referendo por manter a proibição de caçar e matar lobos



Os suíços decidiram hoje em referendo manter a proteção nacional ao lobo, animal quase extinto no país há 25 anos mas que tem vindo a aumentar o nível de exemplares da espécie.

Por um número apertado de 51,92% de “não”, os eleitores decidiram anular uma nova lei nacional de caça que já tinha sido aprovada pelo Parlamento Federal e pelo Governo, mas que ainda podia ser contestada em consulta popular.

A nova lei procurava autorizar a caça preventiva de lobos caso fossem avistados muito próximos a uma população ou quintas de gado, o que algumas comunidades rurais do país solicitaram, já que a cada ano entre 300 e 500 cabeças de gado são mortas por estes predadores.

Até agora, a caça e a morte de lobos só eram permitidas excepcionalmente se tivessem causado a morte de 25 cabeças de gado num local durante o período de um mês.

Cerca de 80 lobos em matilhas

Em meados dos anos 90 já não existiam lobos em território suíço, mas estes foram reintroduzidos e têm vindo a aumentar lentamente em população, por isso estima-se que existam atualmente cerca de 80 espécimes e aparentemente em algumas áreas já começaram a formar matilhas para caçar em grupo.

Os criadores do referendo, contrariando a nova lei da caça (que deveria substituir a anterior de 1986), argumentaram que a caça aos lobos produziria, ao contrário do que se pretendia, um maior aumento dos ataques ao gado.

Segundo os seus argumentos, a caça aos lobos significaria a dissolução das matilhas, sendo que muitos destes espécimes voltariam em busca de presas sozinhos, e recorreriam mais a ovelhas e cabras.





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