Sustentabilidade: quanto valem as ações de impacto?



Por Júlia Almeida, UPPartner PR & Influencer Marketing Director

Já todos percebemos que as alterações climáticas são uma realidade e que existe um sentimento conjunto de urgência que une as pessoas e as marcas, em todo o mundo, em prol de um planeta mais sustentável – no qual tem de ser possível continuarmos a viver. No entanto, fala-se muito mais do que realmente se parte para a ação. Hoje, o enfoque está na necessidade de agir agora, antes que seja demasiado tarde. Torna-se primordial que a sociedade aja em conformidade e há a expectativa de que as empresas apoiem as palavras com ações de impacto.

A criação e a divulgação de produtos green, bem como, as iniciativas de sustentabilidade que muitas marcas e o comércio em geral têm dinamizado, desde o início da pandemia, estão a ser substancialmente mais valorizados pelos consumidores. A verdade, é que estes estão cada vez mais a comprar em função dos valores que cada produto ou marca representa e se os mesmos estão em sintonia com os seus.

A sustentabilidade passou de uma simples preocupação para um critério de compra. Até porque, segundo as tendências para este ano, prevê-se que os consumidores procurem estar cada vez mais próximos das marcas que refletem estas suas crenças, estando dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis.

Quando decidem o que comprar, os consumidores procuram marcas que incorporem os seus valores, estando não só a investir o seu dinheiro onde os seus valores estão, mas a demonstrar também que estão mais envolvidos com as marcas que apresentam conteúdos sobre os seus esforços a favor da sustentabilidade.

Vejamos o caso da mobilidade. Quem viaja está disposto a pagar a marcas que se preocupam com o ambiente. Quando usam os transportes públicos, dão preferência àqueles que poluem menos. E os veículos elétricos, sejam eles carros, motas ou até trotinetes, estão nas suas primeiras opções. Para, deste modo, quando se deslocam, conseguirem de alguma forma, reduzir a sua pegada. Esta tendência sente-se também nas redes sociais, especialmente nas gerações mais jovens cuja interação é maior quando se trata de publicações sobre sustentabilidade.

Mas estão as marcas a acompanhar esta evolução? Será a oferta adequada às novas exigências? Acredito que é um caminho e que o potencial existe. É inegável que os produtos sustentáveis estão a tornar-se numa marca de qualidade, especialmente para as gerações mais novas. Só as marcas que no presente têm a capacidade de pensar no futuro, e que estão centradas em práticas comerciais sustentáveis, estarão melhor posicionadas para captar a atenção dos consumidores. Assim, só quem tiver a capacidade de passar para as ações de impacto terá o devido reconhecimento da parte do consumidor.





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