Ano com três grandes reuniões mundiais sobre clima e natureza, 2024 termina sem decisões importantes mas com mais emissões de gases, mais catástrofes climáticas e, é quase certo, como o ano mais quente de sempre.
A conferência da ONU sobre desertificação que decorre em Riade termina na sexta-feira, mas ainda subsistem dúvidas sobre a forma de financiar a luta contra o problema e que tipo de protocolo deve ser aprovado.
O buraco na camada de ozono sobre a Antártida voltou ao normal em 2024 ao começar a encerrar no início de dezembro, data mais próxima da média do que nos últimos anos, segundo dados do Copernicus.
O fenómeno meteorológico La Niña, associado a temperaturas mais baixas, poderá desenvolver-se nos próximos três meses, mas será “curto e de baixa intensidade” e insuficiente para compensar os efeitos do aquecimento global, indicou hoje a ONU.
Várias regiões do planeta poderão ultrapassar os três graus celsius (°C) de aquecimento até 2060, segundo um estudo ontem divulgado que alerta para a probabilidade de os limiares regionais de aquecimento serem atingidos mais rapidamente do que estimado anteriormente.
A associação ambientalista Quercus apelou ontem à ministra do Ambiente para a adoção de uma meta climática mais ambiciosa, alertando que atrasar medidas neste sentido resultará em “custos dramáticos” para a sociedade e a economia.
A catástrofe climática que devastou o Rio Grande do Sul deixando centenas de mortos, milhares de desalojados e que destruiu grande parte das infraestruturas do estado, incluindo o principal aeroporto do sul do Brasil, marcou o país em 2024.
Um total de 128 elefantes morreram no Zimbabué desde agosto devido aos efeitos da seca provocada pelo fenómeno climático El Niño, revelou na segunda-feira a autoridade para a gestão de Parques e Vida Selvagem do Zimbabué (ZimParks).
A falta de limpeza, abandono e negligência nas matas litorais foram identificados por agentes e cidadãos inquiridos no âmbito de um projeto desenvolvido na sequência dos incêndios de outubro de 2017.
Um guia para envolver agentes e cidadãos na gestão da floresta foi publicado no âmbito de uma investigação desenvolvida na sequência dos incêndios de outubro de 2017 em matas do litoral.
Mais de 75% das terras do mundo ficaram mais secas nas últimas três décadas, alertou a ONU num relatório hoje publicado, que revela uma crise que poderá afetar até cinco mil milhões de pessoas até 2100.