Too Good To Go apela a medidas eficazes no combate ao desperdício alimentar



A União Europeia (UE) adotou oficialmente as primeiras metas vinculativas para a redução do desperdício alimentar, no âmbito da revisão da Diretiva-Quadro dos Resíduos. Estas metas determinam que todos os países da UE devem reduzir o desperdício alimentar em 10% na produção e transformação e em 30% no retalho, restauração e habitações até 2030.

A Too Good To Go, empresa de impacto social com certificação B Corp, responsável pela maior aplicação do mundo para salvar alimentos e combater o desperdício alimentar, celebra este marco histórico, que pela primeira vez torna os Estados-Membros da UE responsáveis por adotar medidas concretas no combate ao desperdício alimentar.

No entanto, as metas estabelecidas “ficam aquém do compromisso global assumido no contexto do ODS 12.3 das Nações Unidas, que estabelece a redução do desperdício alimentar para metade até 2030 — uma meta anteriormente apoiada pela UE e pelos seus Estados-Membros”, sublinha em comunicado.

Segundo a mesma fonte, “é relevante destacar que o acordo também incentiva as empresas do setor alimentar a colaborarem com bancos alimentares e outras organizações que lhes permitem prevenir e redistribuir excedentes alimentares de forma mais eficiente, como a Too Good To Go, ajudando assim a minimizar o desperdício alimentar”.

“Este é um passo histórico”, afirma Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go Portugal. “Estabelecer metas vinculativas demonstra que estamos finalmente a reconhecer o desperdício alimentar como uma crise global. No entanto, para garantir que os objetivos sejam cumpridos, é necessária uma ação imediata, políticas nacionais eficazes, que promovam não apenas o cumprimento das regras, mas uma verdadeira transformação, gerando um impacto significativo em larga escala.”

A urgência de medidas mais eficazes 

A Too Good To Go apela aos Estados-Membros para que vão mais além, implementando políticas nacionais que garantam reduções efetivas:

✓ Relatórios públicos obrigatórios sobre desperdício alimentar para empresas do setor alimentar — a transparência impulsionará a responsabilização.

✓ Eliminação de práticas que geram desperdício, combatendo ineficiências sistémicas na cadeia de abastecimento alimentar.

✓ Apoio a empresas e consumidores na expansão dos esforços de redução do desperdício através de incentivos e sensibilização.

Unidos por um futuro melhor

Alcançar (ou superar) estes objetivos exigirá um esforço coletivo entre decisores políticos, empresas e consumidores. A Too Good To Go mantém-se empenhada em apoiar esta transformação, oferecendo soluções digitais, conhecimento especializado do setor e parcerias que ajudam a reduzir o desperdício alimentar em toda a cadeia de abastecimento.

Em 2024, a comunidade de utilizadores e parceiros da Too Good To Go em Portugal salvou 1,5 milhões de Surprise Bags, evitando a emissão de mais de 4 milhões de kg de CO2e, contribuindo diretamente para a redução das emissões de gases de efeito de estufa e a promoção de práticas mais sustentáveis.

“Já vimos, na prática, que quando governos, empresas e consumidores trabalham juntos, conseguimos gerar uma mudança significativa” declara Maria Tolentino. “A adoção de metas legalmente vinculativas é apenas o começo – vamos garantir que o compromisso se transforme em ação.”

Neste sentido, também no ano passado a Too Good To Go uniu forças com a Refood, a associação Unidos contra o Desperdício e a WWF para solicitar aos partidos políticos nacionais a inclusão da luta contra o desperdício alimentar nos seus programas eleitorais para as eleições legislativas de 2024. Por exemplo, em Espanha estão prestes a ter uma lei para a prevenção das perdas e do desperdício alimentar que inclui, entre outras questões, uma hierarquia de prioridades obrigatórias para reduzir o desperdício  ao longo de toda a cadeia.





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